18/11/2018 - DETERIORAÇÃO DAS CONTAS DE GOVERNOS




A União vem apresentando déficit primário desde 2014. O montante já atinge R$576 bilhões, incluindo a projeção de déficit deste ano. Os Estados fizeram refinanciamentos de dívidas, em 2016. Mas, já em 2017 apresentaram um rombo conjunto de mais de R$20 bilhões. O fato é que 14 Estados estão gastando com pessoal mais de 60% do orçamento. Referido percentual é o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em Minas Gerais alcançou, em 2017, 79% do orçamento; 70% no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.   Apenas 13 unidades federativas estavam em condições de pedir o aval da União no ano passado, conforme relatório do Tesouro Nacional.

Tal qual a União, os Estados têm dificuldades em manter o sistema previdenciário e realizar as privatizações. Na primeira reunião que os governadores tiveram com o presidente eleito Jair Bolsonaro, os Estados pediram que os recursos que serão obtidos nos leilões da Petrobras, calculado em R$100 bilhões, sejam distribuídos entre eles e a União. O Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, demonstrou-se contrário, visto que, para o ano que vem o rombo orçamentário poderá ser de R$259 bilhões e os R$100 bilhões serão muito importantes para o ajuste fiscal. Aliás, o futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem se referido a que déficit primário deverá ser vencido no primeiro ano da sua gestão.

Enfim, os ajustes fiscais de governos já enfrentam muitas corporações. O ano que vem será de grandes testes do setor público.

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