08/11/2018 - ALINHAMENTO CLARO




De 1500 a 1989 o Brasil possuiu alinhamento automático com Portugal, durante a Colônia; com a Inglaterra, desde 1808 e durante a monarquia. Depois dela, o País iniciou alinhamento com os Estados Unidos. É bem verdade que, durante a Colônia, Portugal esteve em alinhamento com a Holanda, que financiou os engenhos de açúcar; com a Espanha, pela união dos dois reinados. Depois, com a Inglaterra, em 1808, com a abertura dos portos, quando eram visíveis os benefícios para as importações inglesas, vistos os impostos de importação mais baixos dos ingleses do que os dos produtos advindos de Portugal. O Império Inglês se manteve hegemônico no mundo e o Brasil a ele se aliava durante a monarquia. Até que os Estados Unidos emergiram como Império Mundial. O alinhamento do País com os EUA se deu claramente em cinco oportunidades e em diferentes circunstâncias e também se desfizeram. Na etapa colonial, a época era mercantilista e as nações européias concorriam por um Império Mundial. Na etapa capitalista emergiu o império inglês e depois o Império Americano. O Império Mundial Russo rondou o Brasil, mas não obteve êxito.

A primeira vez que o Brasil se sujeitou ao comando americano foi em 1889. De início, para garantir fronteiras, principalmente com a Argentina, mediante uso de armamentos e diplomacia do Barão do Rio Branco bastante alinhada. A própria Constituição Republicana é uma cópia quase integral da americana. A segunda vez ocorreu em 1941, quando Getúlio Vargas rompeu com os alemães e fez acordo de guerra com Franklin Roosevelt, cedendo o uso da base militar aérea de Natal. O País gerou muitos saldos comerciais da segunda guerra e os desperdiçou comprando bugigangas, importando bens de luxo, como carros rabo de peixe, além de chocolates. A terceira vez aconteceu com João Goulart, em 1961, que obteve o apoio de John Kennedy. Instalou-se a Aliança para o Progresso, quando os Estados Unidos doaram alimentos para a paz. No entanto, as idéias políticas de Jango, mais próximas das da União Soviética, fizeram os EUA desestabilizarem o Brasil e apoiarem o golpe militar. A quarta vez promoveu com os golpistas militares de 1964, que revogaram as idéias socialistas e fizeram as reformas estruturalistas capitalistas. Estas jamais poderiam fazer reverter o atual sistema para o socialista. Contudo, as relações azedaram por força do Conselho de Segurança Nacional, de forte conteúdo nacionalista. A quinta vez ocorreu com Fernando Collor, em 1989, ele, egresso do Consenso de Washington, quando se comprometeu fazer as reformas neoliberais. No entanto, a aliança degringolou com dois congelamentos de preços feitos por Collor, que resultaram em desastres.

Agora, o governo eleito de Jair Bolsonaro acena com aliança com Donald Trump. Até onde isto irá fazer retornar o grande crescimento e o alcance do grau de desenvolvimento?

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