17/11/2018 - EXECUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA




No Brasil quem define a política monetária é o Conselho Monetário Nacional (CMN). Quem executa é o Banco Central (BC). Organismos criados no início da ditadura militar, pós 1964, mediante alinhamento do Brasil ao capitalismo. Antes havia o namoro com a União Soviética, mas que deu separação. O mais aparente do BC são as reuniões de 45 dias que realiza o seu Comitê de Política Monetária (COPOM), cujo resultado principal é a definição da taxa de juros básica, a chamada SELIC. Qual seja a taxa que o governo negocia basicamente seus títulos de endividamento servindo de referência aos juros bancários de uma forma em geral. Porém, o BC executa uma série de outras funções de controles dos meios de pagamento. Como é sabido a moeda é a variável independente da equação macroeconômica. Ela “dá as cartas”.

Pelo menos, desde que Adam Smith lançou o seu livro “A Riqueza das Nações”, em 1776, ficou evidente que haveria um fio condutor capitalista. Qual seja o meio circulante, a moeda, a liquidez por excelência. Porém, quem tomaria conta dela? Surgiram há séculos os bancos privados que a controlavam. Não somente nacionais como estaduais. Banco Central mesmo, público, nasceu em 1913, com a criação do Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos.

De lá para cá houve a Grande Depressão, de 1929, quando ainda ele não era tão forte. Os ciclos econômicos sempre existiram. No entanto, a maior força dele revelou que o Banco Central deveria ser independente nos EUA. Assim foi e é até hoje. O segundo grande impacto do capitalismo ocorreu em 2008. Não foi devastador como o primeiro. Porém, coube ao governo dos Estados Unidos salvarem as suas grandes multinacionais automobilísticas, banqueiras e da construção civil, mediante injeção forte de dinheiro. Portanto, evidenciou-se com grande força que o BC, que executa a política monetária, move a rainha do xadrez da política econômica.

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