21/11/2018 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 2018
Até os anos de 1980 procurava-se uma alternativa para
medir-se o progresso de uma nação, vez que a renda per capita, o mais citado
indicador, é uma média e, como tal, sofre grande influência dos extremos. Nos
anos de 1990, Amatya Sen, indiano que ganharia posteriormente o Prêmio Nobel de
Economia, aperfeiçoou na Organização das Nações Unidas (ONU), no Programa de
Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH). Claro, havia uma grande equipe na ONU, que já elaborava estudos, que se
traduzisse mais em características humanas do que somente na renda dos
indivíduos. Contudo, não deixou de levar a referida renda em consideração.
Atualmente são três critérios para o cálculo do IDH: renda per capital,
expectativa de vida e anos formais de estudo. O IDH passou a ser calculado para
todo o mundo, a partir de 1993. No Brasil, ele é calculado também para 5.570
municípios. O IDH varia de zero a um. Por conseguinte, há quatro faixas:
desenvolvimento humano muito alto; alto; médio e baixo.
Aproximadamente no mundo existem 200 países. O PNUD faz
atualmente cálculos para 189 deles. O Brasil está classificado no 79º lugar,
mediante avaliação divulgada neste ano, com dados de 2017. Está estagnado o
referido indicador desde 2015, devido ter saído de forte recessão (2014-2016) e
estar a economia em recuperação. O IDH médio do Brasil é de 0,759. Na faixa
considerada de alto desenvolvimento (0,700 a 0,899). Na verdade, na faixa dos
países emergentes. No muito alto desenvolvimento estão países de 0,900 em
diante. Quanto mais próximo de um, melhor a nota. Os cinco primeiros IDH foram
classificados: Noruega (0,953); Suíça (0,944); Austrália (0,936); Irlanda
(0,938) e Alemanha (0,936). No médio desenvolvimento estão países na faixa de
0,500 até 0,699. Abaixo de 0,500 estão aqueles de baixo desenvolvimento humano.
O IDH é criticado por uma série de razões. Como exemplos, por
não incluir considerações de ordem ecológica e não observarem como está se
processando o progresso mundial. Aí atinge bem o Brasil, pelo elevado
desmatamento e poluição. Para alguns, o País ainda estaria em médio
desenvolvimento e não alto.
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