31/10/2018 - REFORMAS NA VISÃO DO BRADESCO-UNIBANCO




O maio grupo bancário, o Bradesco-Unibanco, em número de agências espalhadas pelo território nacional. É também o segundo em maior poder de capital e lucro do Brasil. O primeiro nestas circunstâncias é o Banco Itaú, que ainda não se pronunciou sobre reformas. Veio o Bradesco-Unibanco se pronunciar ontem sobre as reformas estruturais que o País precisa ter, através do seu presidente, Cândido Bracher.

A primeira é consenso do mercado: a reforma da Previdência Social, inclusive, tão urgente, que poderá ser votada pelo Congresso Nacional mesmo antes da posse do novo presidente da República. A segunda seria a da Educação. “Não é só por ganho de produtividade, mas com igualdade de oportunidades”, declarou à Folha de São Paulo, publicado hoje. A terceira seria a política, que melhoraria a representatividade no Congresso. A quarta, a da dívida pública, mediante uso de reservas externas, hoje em US$380 bilhões. O argumento é de que ela custa em torno de 6,5% e rende em dólares 1,5%. Portanto, poderia ser usada parte dela para reduzir o estoque da dívida e não ara investimento, como era proposta do PT, na eleição recente. Bracher não foi mais adiante sobre reformas tão necessárias, como a tributária, a do Estado, a administrativa, a do comércio exterior e a tecnológica, além do retorno do programa de privatizações de estatais, para eles que tem comprado ações de várias delas, que foram privatizadas desde 1990.

O banco Itaú, por seu turno, à semelhança do Bradesco/Unibanco, apóiam Bolsonaro. Na nítida visão do mercado e ontem a bolsa de valores subiu mais e 3%. No momento, o Itaú divulgou documento recomendando a compra de ações em bolsa, em prova de defesa de reforço do capitalismo. Criticado pelos seus grandes investidores financeiros sobre a recomendação, retificou sua nota, recomendando também fundos multimercados, que é um mix de papéis financeiros, tais como LCI, LCA, CDB, debêntures, ações, tesouro direto, dentre outros.

Convém lembrar que estão principalmente nos grandes bancos privados, tais como Itaú, Bradesco-Unibanco e Santander, mais os grandes bancos oficiais, tais como BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, por volta de 80% da poupança nacional, que poderá deixar de ser aplicada no mercado financeiro e retornaria ao mercado produtivo. Vale dizer, que os grandes grupos empresariais retirariam seus projetos da gaveta e passem a produzir, além do reforço do capital estrangeiro.

Neste ano, o PIB potencial está em 2%, mediante grande capacidade ociosa da economia. Porém, o mercado acredita que é preciso elevá-lo, através de novos projetos e do retorno do País ao grau de investimento internacional.

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