06/10/2018 - INVESTIMENTOS GLOBAIS




A teoria econômica apresenta um conjunto de leis sociais, que dão ensejo a princípios para a política econômica. A teoria econômica é positiva. A política econômica é normativa. A ciência econômica tem sua Teoria Geral (nome do livro de Keynes), onde fica claro que o crescimento econômico é puxado pelos investimentos. Agora, o que é primordial é o investimento público, notadamente em infraestrutura. Assim, vêm em primeiro lugar: estradas, saneamentos, energias, portos, aeroportos, telecomunicações. Ele abre caminhos para os investimentos privados. O investimento público saiu de 1,20% do PIB em 2010 para 0,69% em 2017. A queda alcançou 42,50%.

O que aconteceu neste Brasil de 2010 para 2017 acerca do investimento global? O investimento total recuou por volta de 20,6% para 15,6% do PIB. Recuou, assim, em torno de 24%. Como resultado o PIB saiu da casa dos 7% anuais para 1% anual. Dessa maneira, enquanto o investimento global caiu 24%, o PIB caiu 600%. Por aí se vê porque a “Teoria Geral, dos Juros, do Emprego e da Moeda”, acertadamente afirma que o investimento público é multiplicativo e o investimento privado é acelerativo.

Com respeito à inibição do investimento público, chegando ao medíocre 0,69% do PIB, isto se deveu ao déficit público consecutivo desde 2014 (5 anos), que muito contribuiu para que o País ingressasse na maior  recessão da história (2014-2016) e na estagnação atual (2017-2018). A saída se encontra nas reformas estruturais.

Uma síntese das dificuldades de retomada do crescimento econômico está no ambiente de fazer negócios no Brasil. A pesquisa anual do Banco Mundial, em seis itens, colocou o País em 125º lugar entre 190 países. Em pior lugar se encontra em Pagar Impostos, 184º. Em segundo, Abertura de Empresas, 176º. Em terceiro, Permissão para Construir, 170º. Em quarto, Comércio Exterior, 139º. Em quinto, Registro de Propriedades, 131º. Em sexto, Crédito, 105º.


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