01/10/2018 - REAÇÃO LENTA DO EMPREGO FORMAL




Ao contrário do que aconteceu no início do segundo mandato da ex-presidente Dilma e do primeiro ano de Michel Temer na presidência, quando o desemprego pulou da casa de 6% para a de 13%, neste ano, sendo o seu pior momento em 2016, o desemprego vem baixando lentamente, desde janeiro para julho, conforme a PNAD-Contínua, mais atual, divulgada pelo IBGE. O desemprego em sete meses só caiu para 12,6%. O Brasil teria naquela oportunidade 12,7 milhões de desempregados formais. Foram pesquisados 211 mil domicílios em 3.500 municípios. Não fazem parte dessa PNAD pesquisar os empregos sem vínculos com carteira assinada. Porém, revelaram-se 4,8 milhões de pessoas “desalentadas”, ou seja, aquelas que desistiram de buscar um emprego, o que faria a estatística total do desemprego formal subir para 17 milhões de pessoas. Também a PNAD calculou a taxa de subutilização, quando o profissional trabalha menos de 40 horas por semana e gostaria de ampliar seu tempo. Na data da pesquisa 24,4% dos trabalhadores se consideravam subutilizados, ou seja, 27,5 milhões. No vexame do desemprego e da subutilização da mão de obra se encontravam 44,5 milhões de cidadãos. Mais os trabalhadores informais seriam quantos? Estes justamente são aqueles que gostariam de se formalizarem.

Conforme a coluna Mercado Aberto, de Maria Cristina Frias, na Folha de hoje: “Emprego formal não vai reagir com força em 2019, diz banco”. Refere-se: “A taxa de desemprego no Brasil não terá uma queda acentuada em 2019, segundo relatório do banco japonês MUFJ. A retomada do mercado de trabalho será lenta, pois há um conjunto de trabalhadores informais que ainda terão de passar para uma migração com carteira assinada, avalia a instituição. Além disso, pessoas que hoje desistiram de procurar uma vaga possivelmente voltarão ao mercado de trabalho, elevando a taxa de desemprego”. Assim, refere-se o banco em tela: “Mantemos nossa visão que um aumento mais forte de empregos com carteira assinada é um passo fundamental para garantir um crescimento mais sólido do consumo das famílias”.

Em resumo, depreende-se do exposto, de que a economia se recupera lentamente. A superação das dificuldades virá nestes pelo menos próximos dois anos.   

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