17/10/2018 - CONTEÚDO NACIONAL NA ÓRBITA DA PETROBRAS




No primeiro mandato o ex-presidente Lula praticou uma política econômica ortodoxa, seguindo o modelo do tripé econômico, estabelecido desde 1999, no segundo mandato de FHC, composto de sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal. Para obter o apoio do Congresso, Lula chefiou o mensalão, ou seja, esquema de pagamento mensal de dinheiro, para ter apoio congressista, exposto por denúncias de Roberto Jefferson e somente julgados 40 réus, em 2012, sendo 25 condenados. Lula não foi julgado. A economia ia bem e ele foi reeleito para segundo mandato. Neste, já com maioria congressista, bem como no auge da descoberta do petróleo existente na camada do pré-sal, o governo promoveu a corrupção sistêmica. A corrupção sempre existiu, mas não generalizada como se tornou a partir de 2007, escândalos que explodiram na operação Lava Jato, em 2014 e ainda não findou. Tais investigações resultaram na colocação de cerca de 29 conglomerados de empreiteiras nos contratos da Petrobras e em obras do Programa de Aceleração do Crescimento.

No caso da Petrobras, passou-se a exigir o conteúdo nacional de 60% dos equipamentos de fornecedores. Daí foram criadas muitas empresas principalmente para construção de sondas petrolíferas. Aqui, no curto exame, ver-se-á o caso do estaleiro montado na enseada do Rio Paraguaçu, no distrito de São Roque, município de Maragogipe, na Bahia. Empresa chamada por Sete Brasil, associada ao consórcio Kawasaki, Odebrecht, OAS e UTC, desde 2007. Em 2014, teve denunciadas as três empresas brasileiras em corrupção, menos a firma japonesa, na operação Lava Jato, o que paralisou suas atividades, demitindo-se 7.462 empregos diretos. A região tinha entrado em êxtase e surgiram em torno dela 7000 pequenos negócios. O caos se instalou na região, composta pelos municípios de Salinas da Margarina, Santo Antônio de Jesus, Nazaré e Maragogipe. Só de salários deixaram de circular R$96 milhões por mês. Hoje o distrito de São Roque é uma área fantasma, somente se vendo de longe as torres eu serviram à formação do estaleiro. Em outros lugares do Brasil, como no Rio Grande do Sul, aconteceram prejuízos semelhantes. A operação Lava Jato desativou as maiores construtoras do País, desde 2014, por corrupção, não estando ainda recuperadas, o que se evidencia pelos reflexos do desemprego advindo desde a recessão do período de 2014 a 2016, seguido pela estagnação de 2017 a 2018. Foram erros cometidos em série e muitos não serão jamais reparados.  

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