28/10/2018 - ELEITO MUDARÁ A ECONOMIA
Qualquer um dos dois candidatos mudará a economia brasileira.
Se o presidente for Jair Bolsonaro a economia sairá da estagnação e voltará a
crescer, segundo o mercado financeiro (investidores), onde está a poupança
nacional (somente o grupo Votorantim possui R$20 bilhões em caixa para tal),
além de poder atrair a poupança externa, desde que ele faça as reformas
estruturais. Se o presidente for Fernando Haddad, devido as suas declarações de
que irá intervir no mercado financeiro, no mercado produtivo, no mercado de
fatores de produção, tudo indica que a economia reingressaria em recessão.
Ademais, Haddad se referiu a extinguir a reforma trabalhista e a lei do teto
dos gastos, tão caras aos capitalistas, aumentar em 20% o Programa Bolsa
Família, dar ganho expressivo ao salário mínimo e fixar preço do bujão de gás
em R$49,00. Tudo que os capitalistas não querem.
Desde 1989 que o Brasil possui eleições diretas, como a
atual. A oposição era entre PT e PSDB, basicamente. Agora é entre PT (Partido
dos trabalhadores) e PSL (Partido Social Liberal). O fato é que “A democracia
renegociou a dívida externa deixada pelos militares, venceu a hiperinflação,
aumentou a inclusão de brasileiros e ampliou o espaço de decisão, tem combatido
a corrupção. Há ainda uma lista interminável de tarefas. Nunca será um caminho
plano. Será sempre trabalhoso e desafiador viver a democracia” (Miriam Leitão,
em seu artigo de hoje no jornal O Globo).
Os aspectos acima destacados por Miriam Leitão estão
incompletos. O importante a reter é que, até 1998, o Brasil fazia o que a
dívida externa ordenava, visto que estava na órbita do capital internacional e
ainda tinha a hipótese, hoje descartada, de recorrer ao FMI. Porém, já desde o
Plano Real, o País passou a transformar dívida externa em dívida interna e, por
isso, passou a ser chamado de país emergente, visto que conquistou a
estabilidade econômica. Os governos do PT pagaram ao FMI e levaram a dívida
externa que já fora 100%, quando da independência, até o regime militar
(1964-1985), chegando a 80%, para os atuais 5% do PIB, além de ter um colchão
de US$380 bilhões de reservas externas, a proteger o País contra um ataque
especulativo externo. Entretanto, a partir de 1998, o Brasil estabeleceu o
tripé de câmbio flutuante, equilíbrio fiscal e meta de inflação. Foram 16 anos
de êxito, tanto com FHC como com Lula. Quanto a Dilma, ela só teve três anos de
superávit. Depois, ingressou em déficit primário e foi afastada da
administração, por ter desobedecido a Lei de Responsabilidade Fiscal. Michel
Temer somente conseguiu tirar a economia do buraco e a colocar em estagnação. Portanto,
o novo gestor do País tem que, primeiro, voltar ao superávit fiscal. Em
seguida, realizar as reformas estruturais. De acordo com a ideologia de
Bolsonaro é somente ver o êxito reformista do PAEG (Programa de Ação Econômica
do Governo), de 1964. Mas, hoje é diferente, com democracia. Não é melhor, mas
é segundo melhor.
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