02/10/2018 - NÃO HAVERÁ ATAQUE ESPECULATIVO




O último ataque especulativo à moeda brasileira ocorreu na gestão do segundo mandato de FHC, quando a moeda nacional estava apreciada, havendo grande contingente de dólares aplicado no mercado financeiro, devido às elevadas taxas de juros, valor muito superior as reservas externas de então. Os capitais estrangeiros resolveram sair e não havia dólares suficientes para convertê-los. A inflação ameaçava o Plano Real e chegava à casa de dois dígitos, ainda que pouco acima de 10%. Porém, o governo federal tinha que manter elevadíssima a SELIC para reter os capitais financeiros aqui investidos. Assim, FHC chegou a praticar SELIC de até 49,25% ao ano.

A situação atual é outra.  Dívida brasileira externa está por volta de US$300 bilhões, enquanto as reservas estão em US$380 bilhões. Logo, não haverá ataque especulativo. Pelo menos isto. O novo governo tem que cuidar é da situação doméstica. Esta que tem sido desanimadora. As relações comerciais com o mundo estão provocando a anos superávits comerciais. No entanto, ontem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump revelou que o Brasil é aquele país que mais tem sido protecionista com os Estados Unidos. Será que vêm aí represálias? Continua Trump com sua metralhadora protecionista, de America First. No caso cabe ao Ministério de Relações Exteriores ver como fazer um acordo bilateral com os Estados Unidos. É isso que eles querem. Levar vantagem ou retirá-las, no seu modo de ver.

Enquanto isto o País aguarda o resultado das eleições presidenciais. Qualquer que seja o candidato, o presidente Temer já se comprometeu levar à votação a reforma da Previdência Social, exigência de capitais nacionais e internacionais para voltar a investir, tendo em vista que eles acreditam que aí está o principal motivo do déficit primário que o País vem sofrendo a cinco anos, inviabilizando as finanças públicas, principalmente em investimentos de infraestrutura. Já seria um começo de acertos para o novo mandatário da Nação.

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