11/10/2018 - FORTE RETORNO DA EXTREMA POBREZA




Ao assumir o governo em 2003, o PT veio decidido a reduzir a extrema pobreza e, em contrapartida, aumentar a riqueza. Afinal, depois do primeiro mandato de Lula, o jornal londrino Financial Times referia-se a que: no Brasil os ricos ficaram mais ricos e os pobres menos pobres. Credita-se ao presidente Lula pelo menos dois programas para tal. O Programa Bolsa Família, que chegou a atender 14 milhões de famílias, aproximadamente 46 milhões de pessoas, gastando em 13 anos uma média de R$28 bilhões anuais, totalizando R$364 bilhões. O Programa Bolsa Empresário que contemplou poucos dos grandes grupos econômicos do País, notadamente empreiteiras e agroindústrias, a maioria investigada em esquemas de corrupção, tendo recebido cerca de R$500 bilhões no mesmo período, conforme cálculos do doutor em economia Alexandre Schwartzman, em artigo no jornal Folha de São Paulo, de ontem: “Os petistas transferiram recursos para empresários bem conectados... bem mais do que o Bolsa Família... na construção de maiorias parlamentares e outros aspectos da corrupção que assola o País”, além de financiamentos do BNDES a ditaduras latino-americanas e africanas, no valor estimado de R$200 bilhões. Sabe-se que muitas delas estão em atraso, não honraram pagamentos ou poderão não honrar pagamentos. Por seu turno, no momento crítico mais recente, o governo Dilma reduziu o PIB per capita em 9,1%, durante a forte recessão de 2014 a 2016.

A Tendência Consultoria divulgou estudo recente sobre o forte retorno da extrema pobreza no Brasil, no espectro maior da grande crise de 2014 a 2017. Na região Nordeste houve a piora intensa. Estados como Bahia, Piauí e Sergipe viram dobrar o número de famílias vivendo na miséria. Na região Norte, o Acre foi o que piorou. Entre as 27 unidades federativas, 25 tiveram piora no indicador da extrema pobreza. Desse número, nove Estados tiveram recordes no ano passado. A média nacional da miséria avançou de 3,2% em 2014, para 4,8% da população nacional em 2017, maior patamar em sete anos, consoante a pesquisa. Dos dez Estados com o maior número de miseráveis, oito ficaram no Nordeste. O critério de extrema pobreza foi o de família com renda domiciliar per capita abaixo de R$85,00, em 2017. Ele foi baseado no Plano Brasil Sem Miséria, definido por decreto em 2016, para critérios do Programa Bolsa Família.

A classificação de piora se deu, do primeiro ao décimo, em extrema pobreza, no Maranhão, passando a 12,2% de miseráveis na população daquele Estado; Acre, 10,9%; Bahia, 9,8%; Piauí, 9,5%; Alagoas, 9,4%; Sergipe, 8,9%; Amazonas, 8,0%; Ceará, 7,8%; Pernambuco, 7,7%; Rio Grande do Norte, 7,2%.

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