15/10/2018 - MUDAR A CONSTITUIÇÃO
Na história nacional foram criadas sete Constituições
Federais. Trata-se da lei maior do País, em que todas outras se curvam. Faltando
treze dias para o segundo turno das eleições, os dois candidatos, Fernando Haddad
e Jair Bolsonaro, continuam colocando suas propostas de um provável governo de
um deles na União. A maioria das proposituras acena em alterar a Constituição,
a qual, para ser modificada, precisa de três quintos dos congressistas. A Câmara
de Deputados tem 513. O Sendo, 81. Somam 594. O número mínimo para aprovação é
de 357 deles. No primeiro turno eleitoral o número de partidos se elevou de 25
para 30 com representação nas Casas. Estão aprovados as inscrições de 35 e existem
mais de 40 propostas de novos partidos. Uma verdadeira Torre de Babel, onde,
segundo consta, falavam-se inúmeras línguas e não se entendiam. O Congresso
está se tornando em casa semelhante. O absurdo de Casa Legislativa existe na
Índia, onde mais de 1000 dialetos são falados. No fundo das intenções está o
fato de uso de recursos orçamentários, cujos 92% estão comprometidos com
execução e há ainda aqueles que são causas pétreas, mediante percentuais
fixados em lei complementar, tais como saúde e educação.
Citando seis propostas de cada, a saber, com Fernando Haddad:
1) revogar a lei do teto de gastos; 2) fazer marco regulatório da comunicação
social; 3) nova Assembleia Constituinte; 4) criar o Imposto sobre o Valor
Agregado; 5) reforma política; 6) fixar tempo de mandato dos membros das Cortes
Superiores. Para Jair Bolsonaro: 1) redução da maioridade penal para 17 anos e no
futuro governo para 16 anos; 2) permitir que os índios vendam suas terras, para
torná-las mais produtivas; 3) promover alterações no 13º salário com seu
parcelamento e distribuí-lo também para os integrantes do Programa Bolsa
Família; 4) convocar uma Assembleia Constituintes de Notáveis; 5) desvincular
os gastos sociais do orçamento federal; 6) criar somente um imposto federal e
acabar com as contribuições, em agrado aos Estados, que não recebem parcelas da
arrecadação delas.
Faltam tão poucos dias ainda do segundo turno surgem
propostas fora do Plano de Governo que os candidatos apresentaram quando da sua
inscrição para a concorrência. O fato é que será muito difícil mudar a
Constituição, além do mais que a reforma da Previdência, aquela que envolve
gastos de 60% do orçamento, provavelmente será promovida por Bolsonaro, mas não
será a que está no Congresso. Haddad não cogita fazê-la integralmente, deixando
a discussão para quando sentir a pressão mensal de caixa, no caso de ser
eleito.
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