04/10/2018 - SANEAMENTO BÁSICO




O saneamento básico é o esgotamento sanitário de milhões de lares brasileiros. O Instituto Trata Brasil calcula que 45% dos lares do País não têm esgotos e água potável. Tampouco esse assunto foi destacado nas plataformas dos 13 candidatos à presidência da República. Em uma população de 208,5 milhões de habitantes, cerca de 94 milhões não possuem canalização dos seus dejetos físicos e líquidos. Na verdade, é corrente popular que colocar cano debaixo da terra não dá voto. Ou seja, o político não está muito interessado em prover isto, bem como pleitear por aterros sanitários, também em enorme carência. Além do mais, lixões são caros e a solução encontrada muitas vezes são municípios se cotizarem e ratearem seus gastos. No caso dos esgotos é de cada município orçamentar suas necessidades de águas e esgotos.

As cem maiores cidades do País despejam diariamente mais de 2.300 piscinas olímpicas de esgotos em mares e rios. Ou seja, mais de 110 quilômetros de rios do País estão poluídos. Outras 6000 piscinas do tipo referido são lançadas no solo, conforme o Instituto Trata Brasil, mediante exame de dados do Ministério das Cidades.

A ausência de tanto esgotamento tem trazido doenças, que são tratadas pelo Sistema Único de Saúde. Em 2017 mais de R$100 milhões foram gastos com as doenças advindas da falta de saneamento básico. Águas empoçadas que trazem doenças comuns, por exemplo, transmitida pelos mosquitos, os portadores de dengue, de zika e de chicungunha, as quais provocam enfermidades que ainda não tem cura, que atingem o sistema nervoso e incapacitam ou deixam com deficiências em uma série de cidadãos brasileiros. As muriçocas transmitem outras doenças como a filaríose.

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que a cada US$1.00 invertido no saneamento básico poderiam ser economizados US$4.00 em tratamentos de saúde.

O Plano Nacional de Saneamento Básico de 2010, ano em que o País cresceu 7,5%, previa 100% de fornecimento de água potável à população, até 2023, além de 92% de esgotamento sanitário, mas seriam necessários investimentos de R$20 bilhões anuais. Segundo a Confederação Nacional da Indústria foram investidos anualmente até então cerca de R$13 bilhões.

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