26/10/2018 - OBRAS PARADAS
Segundo Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da
União, existem 12 mil obras paradas no Brasil. Uma auditoria daquela Casa
revelou que 30% de 40 mil empreendimentos estão paralisados em todo o Brasil. O
número então conhecido era de 8 mil. Este novo relatório incrementou o
resultado em 50%, de outros documentos que o próprio TCU tem divulgado. O que
há? O TCU é um mastodonte que, provavelmente, não é ágil e não tem o devido
controle que deveria ter.
No segundo governo do ex-presidente Lula foi criado o
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 21 de janeiro de 2007, elegendo
cerca de 200 grandes obras que estavam paradas e muitas novas. Estados
federalizados e 5.570 municípios iniciaram pleitos e o governo acolheu no PAC.
Na verdade, quando havia superávit primário, de 1998 a 2014, a União tinha
recursos para iniciar ou reiniciar obras. Em destaque existiam 29 grandes
empreiteiras que assumiram as maiores obras. Depois se verificou que a
corrupção, que sempre existiu de forma pontual, tornou-se sistêmica, a partir
de 2007, caindo todas as 29 gigantes construtoras nas malhas das investigações
da Polícia Federal, principalmente na operação Lava Jato. Elas demitiram muito
e inúmeras obras públicas ficaram inacabadas ou paralisadas. Nos últimos meses
as empreiteiras têm feito acordos de leniência e estão retornando algumas
obras. Neste ano, o IBGE revelou que foram gerados líquidos cerca de 709 mil
empregos com carteira assinada.
Por seu turno, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC),
medido pela Fundação Getúlio Vargas, cresceu quatro pontos de setembro para
outubro. O indicador chegou a 86,1 pontos, em escala que vai de zero a 200.
Quer dizer não chegou ainda ao meio. Não chegou ainda à aprovação da média,
patamar ainda baixo, em termos históricos. A alta foi provocada pelo aumento da
confiança em relação ao futuro, medida pelo Índice de Expectativas, que avançou
6,1 pontos e chegou a 99 pontos. Este é o patamar mais alto desde o mês de abril
deste ano. Já o Índice da Situação Atual recuou 0,4 ponto e chegou a 71,9 pontos.
Estes dois últimos indicadores são subíndices do ICC. Conclui-se daí que o
consumidor está esperançoso e otimista em relação aos próximos meses, mesmo sem
ainda o resultado final das eleições.
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