27/10/2018 - EQUIPE ECONÔMICA QUE SAIRÁ




Provavelmente, a equipe econômica que sairá em 31-12-2018, terá membros convidados a permanecer, tal como é o caso de Ilan Goldfajn, mencionado para continuar à frente do Banco Central. Em cerca de dois anos de gestão, conseguiu com uma gestão autônoma, reduzir a taxa básica de juros dos 14,25%, deixados por Dilma, para os atuais 6,5%, mantendo a inflação em níveis até abaixo do centro da meta de 4,5%. Claro, a inflação baixou porque a forte recessão reduziu bastante a demanda e o BC controlou com firmeza a expansão dos meios de pagamentos, chamados de M0, M1, M2, M3 e M4, respectivamente, base monetária, dinheiro a curtíssimo prazo, em curto, médio e longo prazos. Na Secretaria do Tesouro, Ana Paula Vescovi, refez a credibilidade do Tesouro com uma contabilidade correta, ao contrário da contabilidade criativa da gestão anterior, que promoveu as pedaladas fiscais e muito contribuiu para o déficit primário em 2014, depois de 16 anos de superávit. Henrique Meirelles, que formou a equipe e saiu para ser candidato à presidência da República, deixando no seu lugar Eduardo Guardia, discreto e eficiente ministro. Mansueto Almeida, que procurou tomar medidas adequadas de gastos. Porém, em abril de 2017, o escândalo que patrocinou o grupo JBS-FRIBOI, envolveu o presidente Michel Temer em escândalos e o tornou sem credibilidade para continuar as reformas. Mesmo assim, Temer concretizou a reforma trabalhista e a lei de teto dos gastos. Não continuou as reformas, como a tributária, a da previdência e outras, portanto, não restabelecendo a credibilidade de investidores e consumidores.

Em artigo de ontem, no jornal O Globo, Miriam Leitão, intitulado “Feitos da equipe do tempo difícil”, esclarece: “Esta foi uma grande equipe econômica que trabalhou em condições adversas. O resultado fala por si. A inflação caiu e chega ao fim do período de tensão política no centro da meta. O déficit foi reduzido ainda que o rombo deixado pelo PT não tenha sido vencido. A Caixa solucionou seu enorme desequilíbrio através de uma revolução silenciosa. A Petrobras voltou ao lucro e criou mecanismos de proteção contra a corrupção. O Banco Central tomou decisões com autonomia e levou as taxas de juros ao mais baixo ponto desde o Plano Real. O candidato do PT diz que não vai mantê-la, caso ganhe, porque ela é a equipe ‘que não pensa em geração de emprego, só pensa em lucro para banqueiro’. Falso e demagógico. A escalada do desemprego começou no governo do PT e os juros pagos pelo Tesouro eram mais altos no governo Dilma. A equipe do candidato do PSL diz que manterá quem se manifestar que quer ficar. Faz, portanto, a proposta com a arrogância dos vencedores de véspera, como se fosse uma concessão, e  faz por oportunismo, porque sabe que eles têm boa reputação”. A um dia das eleições, seja o que Deus quiser.

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