08/10/2018 - QUAL O TAMANHO DO REAJUSTE?
O novo governo terá que poupar cerca de R$300 bilhões no ano
que vem, para que a dívida pública não saia do controle. Da casa dos 50% até
2014, aproxima-se perigosamente de 80% do PIB. A boa gestão da dívida pública
indica que não deveria ultrapassar 60% do PIB, para continuar a obter
capacidade de pagamento. De onde tirar isto? De duas formas: aumentando a
arrecadação e reduzindo despesas. Por mais que se negue que não elevará
impostos, o governo federal terá de fazê-lo. De forma inversa terá que contrair
os gastos púbicos. O problema maior do fluxo de caixa do governo são os gastos
com a Previdência Social, que tomam 60% do orçamento federal. A problemática da
Previdência atinge também as finanças públicas dos Estados e dos municípios.
A economia brasileira tem que fazer crescer a sua
produtividade. Há espaço para tal. Induzir o investimento doméstico e fazer
maior abertura ao comércio exterior deverá advir com a melhora do ambiente dos
negócios. Há muitas regras, normas, leis e é preciso desburocratizar o País.
O fato é que a condução da economia terá de ter desígnios claros.
O Estado tem que recuar da sua interferência na economia. Existem 426 empresas
controladas pelas três esferas de governo. O Brasil é o segundo do mundo em número
de estatais, só perde para China. No comando da União há 146 companhias. A
lógica poderá ser de somente possuir estatais em segmentos não atendidos pelas
companhias privadas.
Enfim, há um conjunto de ações do governo central que poderão
elevar a qualidade do ensino; melhorar o sistema de saúde; tornar o País mais
seguro; selecionar os melhores para a gestão publica; universalizar o
saneamento básico; pesquisa, novas tecnologias e evolução genética no campo.
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