10/10/2018 - 50º PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA
Há dois dias foi conferido o 50º Prêmio Nobel de Economia, no
valor de um milhão de dólares, a dois economistas dos Estados Unidos, cujo
mérito reconhecido pela Academia Real de Ciências da Suécia, é por integrarem a
mudança climática e a inovação tecnológica ao crescimento econômico, aliando,
assim, clima, inovação e economia. Em resumo, sustentabilidade. Foram
agraciados William Nordhaus, de 77 anos, professor desde 1967 da Universidade
de Yale, bem como Paul Romer, de 62 anos, que foi economista-chefe do Banco
Mundial, sendo professor da Stern School of Business, ligada à Universidade de
Nova York. William Nordhaus realizou estudos pioneiros sobre os efeitos do
aquecimento do planeta terra. Ele propõe um imposto sobre as emissões de
carbono com o fito de diminuí-las. Paul Romer é reconhecido por investigar como
a inovação tecnológica requer condições específicas para surgir e evoluir. Na
verdade, créditos empresariais pela poupança de emissões de carbono. Os dois premiados, segundo a Academia
“desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais e
prementes do nosso tempo: combinar o crescimento sustentável no longo prazo da
economia global com o bem-estar da população do planeta”. Os textos acadêmicos deles
são baseados nos Prêmio Nobel de Economia de 1987, Robert Solow, por seu turno,
seguidor de John Maynard Keynes, considerado o maior neoclássico do século XX.
Os trabalhos dos autores ao desenvolverem modelos econômicos da economia verde
são muito simpáticos àqueles países da Europa, deveras preocupados com o meio ambiente.
Muito provavelmente seus trabalhos influenciam gestores públicos ligados à área
ambiental. O anúncio do Prêmio Nobel de Economia deste ano coincide com um
relatório de especialistas da ONU sobre as mudanças climáticas, que defendem
transformações rápidas em segmentos produtivos tais como energia, indústria e
infraestrutura, para limitar o aquecimento global. No mundo todo existem partidos
políticos preocupados principalmente com o meio ambiente, destacando-se aqui no
Brasil a Rede de Sustentabilidade, partido novo e que não conseguiu evitar a
cláusula de barreiras na atual eleição e que terá dificuldades para sobreviver.
Dessa maneira, desde 1968, existiram anos com um só premiado
em economia pelo Nobel, com dois e até com três. No total de 50 anos foram
agraciados 81 acadêmicos. O Prêmio Nobel de Economia é o único realizado com
recursos da Coroa Sueca. Os cinco outros prêmios, de Medicina, Química, Física,
Paz e Literatura, são conferidos com os juros da fortuna de Alfred Nobel,
deferidos em 1895. Como é sabido, Alfred Nobel é o inventor da dinamite e que
deixou a sua fortuna para o desenvolvimento mundial das ciências, como forma de
redimir-se.
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