30/11/2017 - PNAD CONTÍNUA DO ANO PASSADO
O IBGE divulgou ontem dados das desigualdades no Brasil,
conforme o levantamento do nível de renda através da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) com dados do ano de 2016. A renda média
do 1% mais ricos dos brasileiros, calculados em 889 mil, suplantava em 36 vezes
a média da metade dos brasileiros mais pobres, estimados em 44,5 milhões, que
declararam receber rendimentos. No 1% da população a renda média foi de
27.085,00, enquanto a metade da população, declarou perceber renda média de
R$747,00, também já descontada a inflação. Na análise por regiões, o Nordeste
tem a renda média do 1% mais concentrada, em 39,8 vezes a dos 50% mais pobres.
Já a menos concentrada é a da região Sul, de 24,6 vezes entre as referidas
faixas. A renda média do Sudeste em 2016 fora de R$2.536,00; do Centro Oeste,
R$2.342,00; do Sul, R$2.300,00; do Norte, R$1.567,00; do Nordeste, R$1.427,00. Quando
o IBGE calculou o rendimento domiciliar per capita observou que o grupo de 10%
mais ricos da população possuiu mais de 43% dos rendimentos dos brasileiros. Os
dados na forma contínua não podem ser comparados com os dados de anos antes
coletados, devido à nova metodologia. O fato é que, consultando cerca de 3.500
municípios maiores, os outros menores e de difícil alcance tais como são 1.155
municípios, são calculados por estimação estatística.
O índice de Gini (G), que mede a desigualdade na distribuição
de renda da citada PNADC, apresentou uma média de 0,525. Para o Sul foi de
0,465. Para o Centro Oeste de 0,493. Para o Nordeste de 0,545. Mas, os dados
permitem percebem que o G é maior nas regiões mais deprimidas. O G varia de
zero a 1. Zero seria teoricamente perfeita a distribuição. A total desigualdade
é medida por 1.
A pesquisa também revelou que o trabalho infantil catalogado
é de um milhão de crianças e de adolescentes, entre 5 a 17 anos, estavam
trabalhando em condições irregulares no Brasil de 2016. Porém, o número está
bem subavaliado já que há números escondidos. Trabalham dentro de casa um sem
número de crianças auxiliares de serviços domésticos. Outros nas ruas em
situação de pobreza extrema, em barrocos, favelas e invasões.
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