12/11/2017 - NOTA NEGATIVA BRASILEIRA
A agência internacional de risco Fitch mantém a nota negativa
de risco do Brasil, em termos der perspectiva ruim, seis meses depois da avaliação
anterior. A nota é para crédito e serve de termômetro para investidores
internacionais. Referida nota é BB, duas faixas abaixo do grau de investimento,
que seria aprovação de negócios financeiros com o Brasil. Significa que não vê
a economia brasileira crescendo, e sim, estagnada. Trata-se de uma desconfiança
de que o País poderia dar calote. Ademais, o investidor que vem para cá ou o
banco que emprestar ao País está atrás de lucros ou de juros mais altos. Por
outro lado, manter a nota como está significa também que as nota poderá ser
rebaixada na próxima avaliação, nos próximos seis meses.
A FITCH alegou que há a debilidade estrutural nas finanças
públicas, o alto endividamento do governo, as fracas perspectivas de crescimento,
os indicadores mais fracos do que os outros países considerados como
emergentes, risco de instabilidade política para a votação das reformas
estruturais, tal como a esperada votação da reforma da Previdência. Em
contrapartida informa a FITCH o que está segurando a nota é a diversidade
econômica e as instituições civis consolidadas. A agência espera o crescimento
de 0,6% do PIB para este ano e de 2,6% para 2018. A FITCH considera a inflação,
baixa recuperando o consumo, estabilizando o desemprego, embora em taxa
elevadíssima, além da reativação do crédito. Para o próximo governo espera que
haja recuperação dos investimentos, visto que o crescimento projetado está indo
praticamente pela capacidade ociosa. Quanto a divida pública acredita que encerrará
2017 em 76% do PIB e aumentará para 80% em 2018. Os países que tem nota BB tem
endividamento por volta de 45% do PIB.
As outras duas grandes agências estão em acordo com a FITCH.
Em maio, a Moody’s colocou a nota da dívida brasileira em observação, com
perspectiva de rebaixamento. O mesmo fez a Standard & Poor´s, que reduziu a
perspectiva de estável para negativa. Ambas mantém o Brasil a dois degraus
abaixo do grau de investimento.
Mas, não é somente a economia que possui nota negativa
internacional para crédito, a educação brasileira também é considerada pela OCDE
como uma das piores em cerca de 60 países avaliados e pouco tem melhorado.
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