02/11/2017 - AMBIENTE DE NEGÓCIOS
O Banco Mundial (BIRD) realiza há 15 anos a sua avaliação
anual do ambiente geral de negócios da grande maioria dos países do mundo. Até
junho de 2016, quando findou sua pesquisa anual, o BIRD examinou 190 países. O
Brasil caiu duas posições, em relação a 2015. Em 2016, ocupou a 125ª posição. O
País também ocupou a pior colocação do grupo dos grandes emergentes, do BRICS,
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Também a pior colocação dos
países do MERCOSUL. O Brasil está ainda entre os dez países pior avaliados para
pagar impostos (184ª posição). Entre os quinze piores para começar um negócio
(176º lugar). Nas duas categorias, o País caiu de lugar no último ano. Em
termos absolutos até que a nota subiu levemente, em 0,38 ponto, ficando com
nota 56,45 de um total de 100 pontos, puxado por substancial melhoria no
comércio exterior, mediante queda de 120 horas para 48 horas na tramitação de
documentos para importação e de 18 horas para 12 horas para exportação.
O melhor país para fazer negócios é a Nova Zelândia com nota
86,55. Seguem-lhe Cingapura, Dinamarca, Coréia do Sul, Hong Kong, EUA, Reino
Unido, Noruega, Geórgia e Suécia. Em 190º lugar está a Somália, com 19,98 de
nota. O avanço do Brasil foi tímido, em relação à Índia, que realizou forte
reforma tributária, pulando 20 casas no ranking, para o 100º lugar. Fizeram
reformas positivas 146 países e o Brasil pouco avançou nelas. O Brasil está
atrás do Paraguai, Honduras, Botsuana e até do Irã, este que sofre boicotes do
imperialismo americano.
Dos dez indicadores avaliados, o Brasil obteve notas piores
em cinco. Ou seja, em (1) começar um negócio; (2) registrar propriedade; (3)
muito tempo para pagar impostos; (4) executar contratos e (5) resolver
insolvências empresariais. No caso de começar um negócio saiu de 175º para 176º
lugar, de 2015 para 2016. Registrar propriedade de 128º para 131º. Tempo de
pagar impostos, piorou de 181º para 184º lugar. Executar contratos passou de
37º para 47º. Resolver insolvências de 67º para 80º posição. Respectivamente.
Para Octaviano Canuto, diretor executivo do BIRD, é histórico
o problema brasileiro: “Parte disso se deve a que o Brasil é uma federação e
parte do nosso estilo de capitalismo de compadrios, em que você coloca
dificuldade para vender facilidade”. Entende-se como federação o conjunto de 27
unidades administrativas com suas representações políticas relativas à
proporcionalidade populacional. São tais políticos que pouco se entendem. A
reforma tributária não saiu desde a Constituição outorgada de 1967. Entende-se
como dificuldade a burocracia, que, muitas vezes, induz à corrupção para vender
facilidade. Claro, que isso tem que mudar.
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