10/11/2017 - REFLEXOS DO DÉCIMO TERCEIRO




Conforme lei específica, o décimo terceiro salário é pago todo ano, 50% no dia 20 de novembro e 50% no dia 20 de dezembro. Segundo o Departamento Intersindical de Estudos Econômicos e Sociais (DIEESE) o décimo terceiro deverá ser pago a 83,3 milhões de cidadãos e injetará R$200 bilhões na economia. O montante representa 3,2% do PIB. Ora, se for deduzido da População Economicamente Ativa de 91,1 milhões, calculada pelo IBGE, referida aqui no dia 1º deste, os desempregados, que são 13 milhões, além dos subempregados, o número estaria muito divergente do oficial. Ocorre que o DIEESE, no seu cálculo colocou também os 30 milhões de aposentados, sendo 29 milhões do segmento privado e cerca de 1 milhão do segmento público. Assim, faz sentido falar-se em 31,4 milhões de subempregados, informalizados (34% da PEA), além de 46,7 milhões de empregos formais (44% da PEA).

O número de pessoas que receberá o décimo terceiro em 2017 é superior em 0,4% ao de 2016. Já o valor que deverá ser pago em 2017 subiu 4,7%, perante os R$191,4 bilhões de 2016. O aumento representa 1,4% acima da inflação prevista para este ano. Os aposentados e beneficiados pelo INSS tiveram alta de 0,9%. Sem dúvida, em muito contribuiu para aumentar este número o projeto de lei sobre mudança na Previdência, que o governo enviou no ano passado ao Congresso, ainda em discussão. O DIEESE demonstra que houve comportamentos opostos entre os empregos formais e informais. Os formais caíram 3,9%.

Em outra pesquisa, entrevistando 1.045 consumidores, a ANEFAC apurou que 85% deles pretendem utilizar o décimo terceiro para pagar dívidas contraídas, que se elevaram 4,94%, em relação a 2016. Outros pretendem poupar recursos para pagar IPTU e IPVA do próximo ano. Muito poucos sobraram para investir.

De acordo com o DIEESE, o número de trabalhadores formais era de 49,6 milhões, em 2014. Em 2015, caiu para 48,1 milhões. Em 2016, para 46,7 milhões. O valor que será pago em média por trabalhador será de R$2.251,00.

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