08/11/2017 - CAPITALISMO DE COMPADRIO




Hoje está claro que o modelo de capitalismo de compadrio, que existiu no Brasil, desde 1930, mas que foi levado ao máximo pelo PT, chamado também de capitalismo de coalizão, conhecido pelo esquema do “mensalão”, desde 2005, que resultou na ação penal em 2012, modelo este que prevaleceu principalmente de 2003 a 2016, quando permaneceram no poder, provocaram um ciclo de crescimento muito bom (cresceu 4% ao ano de 2003 a 2010, na era Lula). Porém, não se sustentou. Cresceu com ele, via capacidade ociosa, via crédito farto, tanto para produção como para consumo, além de fartos subsídios empresariais. Esgotou suas possibilidades de crescer. No entanto, o governo de Dilma ampliou ainda mais o modelo de compadrio, também chamada de nova matriz econômica. Não se vai nesta única página, como é praxe, relembrar os erros econômicos e os acertos sociais dos citados governos do PT. Fixar-se-á agora somente nos subsídios à produção. A propósito, os subsídios são formas de baratear o produto ou de transferir renda do governo para as empresas. Não é eficiente porque protege aqueles que têm maiores custos e burla as leis de mercado. Somente são justificados para elevar o consumo das camadas mais pobres, visando reforçar a segurança alimentar. De resto, subsídios trazem atraso.

Estudo da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, nesta semana divulgou que, no período de 2003 a 2016, os subsídios concedidos pela União, sejam sob a forma de renúncias tributárias ou através do crédito de longo prazo, a taxas de juros mais baixas do que as de mercado, principalmente para os grandes empresários, chamados de campeões nacionais e, nisso copiaram o governo de Ernesto Geisel (1974-1979), que se equivocou na maior intervenção do Estado da economia e na proteção de certas parcelas do grande capital. Em outra coincidência: o petróleo. Geisel desenvolveu a exploração dele para a plataforma marítima e Lula para a exploração na camada do pré-sal. Em ambos os casos aconteceram, depois de seus governos, forte recessão em 1981-1983 (a segunda pior da história brasileira) e em 2014-2016 (a pior da história nacional). Os subsídios concedidos nos governos do PT alcançaram R$3,5 trilhões no período em referência. Ao longo de 2003 a 2016, os subsídios ao grande capital dobraram. Passaram de 3% para 6,2%. Não sem motivo, caíram em déficit primário em 2014, depois de 16 anos de superávit primário, assim como detonaram o tripé, estabelecido em 1999, de câmbio flutuante, sistema de meta de inflação e superávit primário.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE