24/11/2017 - BLACK FRIDAY OU BLACK FRAUDE
Nos Estados Unidos são tradicionais as vendas da última sexta
feira do mês de novembro, de grandes varejistas, que trazem a reboque também as
pequenas lojas, oferecendo produtos com descontos enormes, com exemplo 80% do
preço (80% OFF, ou 80% de descontos, aqui se vê na propaganda do site Mercado
Livre). Na verdade, trata-se de fraude. O site Reclame Aqui está cheio de
reclamações dos consumidores que participaram da edição do Black Friday 2016. A
festa brasileira de época começou há dez anos. As reportagens que por aqui
chegavam da loucura de vendas nos Estados Unidos contaminou grande parte do
mundo e aqui não foi diferente.
No domingo passado, dia 19, a Folha de São Paulo divulgou
pesquisa secundária no site Reclame Aqui e monitoraram os preços de 6.875 itens,
por 15 dias, espalhados por nove das maiores lojas de varejo do País, que comercializam
eletroeletrônicos. A conclusão é que as redes varejistas fizeram várias
alterações de preços, para cima e para baixo, prevalecendo os para cima como
preço final. Depois “dão” descontos substanciais, enganadores da situação. Em
suma, o comércio elevou os descontos sem reduzir os preços originais.
A pesquisa em referência se dirigiu a 50 categorias de
produtos, que mais reclamações tiveram durante a Black Friday de 2016. As
categorias com mais produtos anunciados foram: celular, 1.471; geladeira, 1.355;
fogão, 594.
O que as grandes redes fazem é de utilizar-se de técnica de
marketing com programas computarizados, conhecidos como precificação dinâmica.
O objetivo imediato é o de atrair o consumidor e alimentar o seu desejo pelo
produto. Dessa forma, os preços mais erráticos estão nas lojas virtuais. As
grandes lojas negam que estão enganando o consumidor, dizendo que o está
seduzindo.
Convém ainda ressaltar que as grandes lojas terceirizam suas
vitrines para oferecer produtos de fornecedores. Isso se chama de market place.
Como resultado elas recebem comissões de 15% sobre o produto.
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