11/11/2017 - ESTATAIS REPROVADAS




Pérolas da gestão são as empresas estatais. Elas existem em países capitalistas e muito mais em países comunistas como é a China. A gênese da estatal é a de empresa que leve o nome do país e defende os interesses nacionais. Ledo engano. Veja o caso da Petrobras, hoje tida como empresa nota 10, na nova gestão. Somente neste ano elevou o preço do gás em 44%. Estatal é empresa mesmo, sem essa de defesa de nacionais. Defende os interesses dos seus dirigentes ou daqueles que estão encastelados no poder. Por isso mesmo fontes de corrupção, que escandalizam brasileiros e o mundo.

O Ministério do Planejamento apresentou uma avaliação de 48 das 150 estatais existentes. A nota média deles foi de quatro, na escala de zero a dez. Os grupos de indicadores foram: gestão controle e auditoria com média 5,7; transparência de informações com média 3,2; funcionamento de conselhos, comitês e diretorias com média 1,9. No nível 1 estão as “melhores”: Petrobras com 10; Banco do Brasil, 10; BNDES, 9,5; Eletrobras, 8; Engea, 8; Caixa, 7,6; Banco do Nordeste, 7,6; Banco da Amazônia, 7,6. No nível 2 estão quatro empresas. No nível 3 estavam vinte. No nível 4 encontravam-se 16. Quer dizer, na metade de cima estavam 12 estatais e na metade de baixo se encontravam 36 empresas. Quer dizer, aproximando-se de 80% delas. Ora, mesmo mudando politicamente o quadro executivo de todas, ainda assim o governo reconhece que as estatais são cheias de vícios e inoperâncias. Não sem motivo porque seus corpos diretivos são escolhidos por políticos e menos por capacidade técnica.

O pior nível de estatais se identificou no nível 4, mediante notas de zero a 2,59. As empresas de planejamento que deveriam ser as melhores, mas são as piores. Estão nesse grupo. Não sem motivo também o Brasil não tem um Plano Estratégico Global de Longo Prazo. São elas: a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) e a Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU). São aquelas mais dependentes do orçamento federal. São aquelas que não têm sócios minoritários privados.

Assim, o próprio Ministério do Planejamento, que de planejamento faz muito pouco, reconhece que as estatais historicamente tem sido cabide de emprego e assim estão a permanecer.

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