19/11/2017 - PNAD CONTÍNUA TRIMESTRAL
Setembro encerra o terceiro trimestre do ano. O IBGE divulgou
os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
Naquela data havia 12,961 milhões de desempregados no País. Desses, 8,252
milhões têm a pele parda ou negra. São 63,6% do total e respondem por 53% da
população que está trabalhando. A taxa de desemprego da população preta ou
parda é de 14,6%, acima da média, que ficou 12,4%. Entre as pessoas de pele
branca, a taxa de desemprego ficou em 9,9%. A pesquisa mostra que 66,7% dos
1,832 milhões de brasileiros que trabalham como ambulantes são pretos ou
pardos. Entre empregados e empregadas domésticas são 6,177 milhões, ou 66% do
contingente deles.
As desigualdades no mercado de trabalho vêm desde a
colonização brasileira. O rendimento médio dos trabalhadores pretos e pardos
foi de R$1.531,00, o que correspondeu a 56% do rendimento médio dos brancos, de
R$2.757,00, no trimestre em referência. Conforme os técnicos do IBGE, os dados
refletem a desigualdade de oportunidades de trabalho no Brasil e a retomada da
economia ainda não favorecem os empregos de baixa remuneração, que são os
últimos a apresentarem melhoras, independentemente do segmento pesquisado.
Entre os diferentes aspectos das diferenças salariais estão à falta de
experiência, de escolarização e de formação do contingente de cor parda ou
preta, segundo eles. Os números são também desiguais entre os trabalhadores com
carteira assinada. Pardos e pretos são 71,3%; brancos, 75,3%. Dos 23,3 milhões
de pretos e pardos empregados no setor privado, apenas 16,6 milhões tinham
carteira de trabalho assinada.
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