03/11/2017 - FIM DA RECESSÃO INDUSTRIAL
O IBGE divulgou que a produção industrial brasileira subiu
2,6%, em relação a igual período do ano passado. Em relação a agosto a alta é
de 0,2%. No acumulado de 12 meses foi de 0,4%. Em nove meses do ano é de 1,6%.
LCA Consultores estima 2% neste ano. Em setembro, encerrou-se o ciclo de 39
meses de quedas consecutivas. A última alta na base acumulada havia sido em
maio de 2014.
O início da recessão aconteceu em 2014 com o PIB industrial
recuando 3%, enquanto o PIB global foi de 0,1%. Em 2015, a indústria mergulhou
8,3%, enquanto o PIB nacional foi de – 3,8%. Em 2016, a produção industrial
quedou-se em 6,4%, enquanto o PIB nacional retrocedeu 3,6%. Em suma, o que
aconteceu com a indústria foi uma catástrofe, enquanto com o País como um todo
foi o maior desastre da sua história. Segundo o IBGE, o nível de produção atual
está equivalente ao de 2008.
Destaca-se em setembro que a produção de veículos subiu
26,4%. A demanda revelada foi crescente para o mercado interno. Nos primeiros
meses do ano tinha sido mais para exportações de carros. As vendas de bens de
consumo duráveis cresceram 16,2%. A venda de bens de capital aumentou 5,7% no
mesmo mês. Referido segmento de capital é o termômetro de investimentos na
economia e crescendo neste tamanho dá melhores interpretações.
Consoante registrou a Folha, de ontem, consultando
respeitáveis analistas econômicos, registra-se aqui o que disse Everton
Carneiro da LCA Consultores: “Digamos que descemos dez degraus (a indústria)
nos três últimos anos e estamos subindo um. É uma melhora que tecnicamente tira
a indústria da recessão, mas não recupera perdas”. Mais o que disse Rodrigo
Nishida da RC Consultores, de que há a “trajetória mais firme de recuperação” e
de que a recessão, para ele, está no retrovisor, visto que a indústria cresce
no início do ano para a exportação e que agora volta-se para o mercado interno
com mais determinação.
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