22/11/2017 - GOVERNO 4.0




É tão distante falar em governo 4.0. Colocou-se aqui governo com minúscula. Os 4.0 se referem às fases da indústria. A quarta fase (quais são as três anteriores?). A indústria 4.0 abrange várias tecnologias e soluções que se integram na organização empresarial. Por que não governamental? Refere-se a um universo em que têm lugares semelhantes a conceitos como big data, inteligência artificial, internet das coisas, manufaturas aditivas, realidades aumentadas, robóticas, sensores inteligentes. Os países que assim fazem geram maior valor agregado. Claro, se não investir na indústria 4.0 há riscos da economia se especializar ainda mais nas atividades de baixo valor agregado, tal como é a economia brasileira deste século, especializando-se em soja, em milho, em algodão, em carnes e deixando sua indústria desmilinguir-se.

Mas, qual? O governo brasileiro tem o Banco Mundial (BIRD) sugerindo cortes de 8% do PIB dos gastos do governo federal. Banco Mundial que é criação dos Estados Unidos e obedecem a sua filosofia capitalista. Portanto, propõem Estado mínimo e submisso. Mas, nem por isso ineficiente. Ocorre que as medidas do BIRD, FMI, governos ricos, dentre outros são recessivas, de ajustes ortodoxos. O BIRD faz um retrato de um país que gasta muito e que terá de fazer escolhas duras para fechar suas contas. Traz agora à luz um estudo proposto pelo ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, gestão de 2015, do governo de Dilma (deve ter sido pago pelo País), não sem motivo atual diretor do BIRD, para propor redução abrupta dos gastos públicos. As propostas são de congelamento dos salários dos servidores, fim do ensino superior gratuito, teto de despesas para não crescerem mais do que a inflação, revisão (extinção) da Zona Franca de Manaus, do sistema tributário das pequenas empresas, chamado de Simples Nacional, fim das deduções com saúde pelo imposto de renda, revisão dos programas sociais e o fim das verbas vinculantes, obrigatórias, do orçamento federal. O enxugamento também sugere enxugamento de 1,3% dos gastos de Estados, distrito federal e municípios. Enfim, acredita que a reforma da previdência social já é uma das aberturas do caminho.

Em vista do exposto, fica difícil governar um país com um mastodonte do governo, que ainda não chegou ao governo.1. O nome das mudanças são as reformas efetivas e o retorno do planejamento estratégico.

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