25/11/2017 - ERROS HOSPITALARES SÃO ESPANTOSOS




O Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, revelou que mais de 300 mil pessoas morreram em 2016 por falhas em procedimentos médicos. Ou seja, a cada cinco minutos, três brasileiros perderam a vida por falhas em procedimentos da espécie, que também são conhecidos por “eventos adversos”.
O número diário de mortes em referência foi calculado em 822 óbitos. Trata-se de a segunda maior causa de morte. A primeira é decorrente de acidentes cardiovasculares, que causaram 950 mortes por dia, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. A terceira deve-se a 500 mortes por câncer. A quarta, 164 óbitos provocados por violência. A quinta, 129 mortes decorrentes de acidentes de trânsito.

Catalogados como erros hospitalares estão: uso incorreto de equipamentos, infecção hospitalar e erros de dosagem ou aplicação de medicamentos, dentre outros. As falhas médicas, além de transtornos aos cidadãos, trazem 1,5 milhão de óbitos de pacientes por ano, elevando os custos assistenciais. Referido Instituto acredita que os erros médicos resultaram em gastos adicionais de R$10,9 bilhões em 2016.
O documento em tela demonstra que pacientes que sofreram com erros hospitalares ficaram internados por um tempo três vezes maior do que o previsto inicialmente. Os acidentes mais frequentes são de fraturas ou de lesões de quedas ou traumatismos dentro do hospital, lesão por pressão arterial, infecção urinária associada ao uso de sonda vesical, infecção de sítio cirúrgico, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar e infecções relacionadas ao uso de cateter venoso central.

Por seu turno, o Superior Tribunal de Justiça registrou um aumento de 1.600% nos processos por erros médicos e odontológicos, em dez anos, conforme a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Biomédico. Por outro lado, os Conselhos Regionais de Medicina e Conselhos Regionais de Odontologia, no mesmo período, os processos ético-profissionais cresceram 302%. Enfim, em média, 7% dos médicos e cirurgiões-dentistas brasileiros sofrem processos. O maior número deles está no Rio Grande do Sul com 13,72% deles. No conjunto dos profissionais processados, 43% foram condenados.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE