31/10/2017 - DÉFICIT PÚBLICO EM SETEMBRO
A consolidação das contas das prefeituras, Estados e União,
de acordo com o Banco Central (BC), em setembro apresentou um déficit de R$21 bilhões.
Em 2016 fora de R$26,643 bilhões. Em 2015 fora de R$7,318 bilhões. O déficit
primário tem se agravado desde 2014. Para este exercício está autorizado pelo
Congresso um déficit primário de R$159 bilhões. Igual valor também está proposto
para o ano que vem. A dívida pública sobre o PIB alcançou 74%. O governo
remeteu ao Congresso o orçamento de 2018, acreditando que a inflação estará na
casa de 4%, no ano que vem. Os juros da taxa básica ficarão estáveis em 7%
anuais e o PIB poderá crescer 2%. O mesmo BC ontem divulgou que o déficit da Previdência
Social alcançou o recorde de R$178,5 bilhões, em 12 meses, sendo 2,75% do PIB.
Há dois anos, em setembro de 2015, o déficit previdenciário era de R$63,3 bilhões.
Um incremento de 182%. Por que a tampa da panela de pressão do INSS estourou? É
preciso descer a fundo no problema. Sem dúvida a reforma da Previdência deve
ser realizada. Pelo menos, no aumento da idade mínima de aposentadoria de
homens para 65 anos e das mulheres para 62 anos.
O País saindo da maior recessão da história continua com mais
de 13 milhões de desempregados formais. Como reflexos dela foram divulgados
resultados alarmantes das mortes violentas no Brasil, conforme o 11º Anuário
Brasileiro de Segurança Pública. Em 2016, 61.619 pessoas morreram de forma
violenta. Aumento de 3,8% em relação a 2015. Os dados mostram que morreram no
País mais do os mortos na guerra da Síria, considerados somente os civis. O diretor
presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Lima, assim se
referiu: “É como se o Brasil sofresse um ataque de bomba atômica por ano. São
dados impressionantes, que reforçam a necessidade de mudanças urgentes na
maneira como fazemos políticas de segurança pública no Brasil. Não é possível
aceitar que a sociedade conviva com esse nível de violência letal”. Os Estados
com maior número de mortes violentas, por 100 mil habitantes, foram: Sergipe
com 64; Rio Grande do Norte, 57; Alagoas, 56. Todos no Nordeste. Já as capitais
vêm em primeiro Aracaju, com 67 por 100 mil; Belém, 64; Porto Alegre, 64,1. A
média nacional de homicídios é de 29,9 para cada 100 mil brasileiros. As taxas
de homicídio estavam em declínio até 2014. Porém voltaram a crescer em 2015 e
2016, confirmando que a situação econômica de grandes dificuldades se traduz em
mais violência.
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