02/09/2017 - REGRA DE OURO DO ORÇAMENTO
Constitui-se crime de responsabilidade se o governo central
emitir mais títulos públicos do que com os gastos com capital. Isto é, com os
investimentos. Se o Tesouro Nacional fizer gastos correntes superiores aos
investimentos, ele estará se endividando e comprometendo as novas gerações. Em
12 meses as emissões de dívidas superaram as despesas de capital em R$7
bilhões. Claro, resultado parcial até agosto. O exercício se encerrará em
dezembro.
As contas do governo em agosto, reunindo Tesouro Nacional,
INSS e Banco Central, fecharam o mês em menos R$9,6 bilhões. O resultado foi
informado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Segundo o órgão, o rombo
foi 52,7% menor do que aquele registrado no mesmo mês do ano passado, quando
alcançou R$20,3 bilhões, sendo o pior resultado para aquele mês desde 1997.
Segundo a STN, o resgate de R$6 bilhões em precatórios, pagamentos devidos pela
União, após sentença definitiva na Justiça, contribuíram para que o déficit
fosse menor do que em agosto de 2016. Também contribuíram as receitas com a
melhora da economia em R$5,4 bilhões a mais, concessões e o aumento do
PIS/COFINS sobre combustíveis. No ano, o rombo chega a R$85,8 bilhões. Apesar
da melhora no indicador, o acumulado do ano foi o pior desde que o índice
começou a ser calculado há 21 anos. Com a melhora na arrecadação acreditam
especialistas que o risco de descumprimento da meta fiscal, que autoriza
déficit de R$159 bilhões neste ano diminuiu.
Os números da STN apontam para o rombo da Previdência Social
de R$113,27 bilhões em oito meses. No mesmo período do ano passado fora de
R$87,57 bilhões, o que correspondeu a uma elevação de 29,3%. A expectativa do
governo é de que o déficit do INSS chegue a R$185,7 bilhões no final deste ano.
Não sem motivo que o governo federal quer fazer a reforma da Previdência.
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