15/10/2017 - PIB REAL E PIB POTENCIAL
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e
serviços produzidos por um país, durante um ano e que não são revendidos. O seu
cálculo é feito pelo IBGE, cujos resultados são divulgados trimestralmente. O
PIB mais as Importações (chamadas de M) se constituem o lado da oferta agregada
da economia (PIB+M). O lado da demanda é composto pelo Consumo das famílias (C),
mais os Investimentos das Empresas (I), mais os Gastos do Governo (G). No caso
a demanda interna (C+I+G). Ao se incluir as Exportações (X) se tem a demanda
agregada (C+I+G+X). As estatísticas são coletadas dos mercados formais. Os
mercados informais não entram nos cálculos do IBGE. Logo, os componentes do PIB
estão subestimados. O PIB estatístico é menor do que o verdadeiro. O IBGE
calcula também o PIB pelas estimativas dos setores produtivos, definidos pela
agropecuária (setor primário), indústria (setor secundário), comércio e serviços
(setor terciário). O Ministério da Fazenda possui uma Secretaria de Política
Econômica. Esta pode calcular o PIB potencial. Este seria um conjunto de
estimativas do aparelho produtivo brasileiro.
Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI)
apresentou seu relatório trimestral sobre o Panorama Econômico Mundial.
Geralmente, o FMI faz revisões dos PIBs por países. Desta vez, ele estimou o
crescimento de 2017 de 0,7%. Para 2018, ampliou para 1,5%. O Brasil vai crescer
menos do que seus vizinhos, prevê o FMI. Em Washington, conjuntamente, FMI e
Banco Mundial (BIRD), fizeram sua reunião. A expectativa do BIRD para 2017 é a
mesma do FMI, de incremento de 0,7%. Coincide também com a expectativa dos
analistas financeiros consultados semanalmente pelo Banco Central, apresentada
no boletim Focus. Porém, para 2018, o BIRD projeta crescimento de 2,3% do PIB. Por
seu turno, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, veio a público referir-se
ao PIB potencial, de nos próximos três ou quatro anos, o País poderá crescer
por volta de 4% ao ano. Na verdade, a inflação está bastante baixa, por volta
de 2,5%, em 12 meses. A expectativa do boletim Focus é de que este ano fique
por volta de 3% e, no próximo, de 4%. A taxa básica de juros, a SELIC, está
sendo estimada no fim do ano em 7% e também de 7% para 2018. No cenário que os
economistas hoje fazem é de que a retomada da economia está definida. Mas, as
taxas projetadas são inferiores as de Meirelles. Por outro lado, os cenários em
referência acreditam que a política fiscal poderá ser acertada se forem feitas
as reformas da Previdência e a Tributária.
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