14/10/2017 - POLÍTICA FISCAL EM CHEQUE
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, tem revelado que
a política fiscal desde 2014, tem sido ineficaz, por apresentar déficit
primário crescente, tendo em vista o fato de que as despesas governamentais têm
crescido há mais de vinte anos, após o Plano Real, levando a que as despesas
obrigatórias chegassem a 91,8% dos gastos federais, sendo que a maior parte deles,
por volta de 57% são despesas previdenciárias. As despesas discricionárias são
8,2% dos custos totais, as quais são objeto de contingenciamento governamental.
Portanto, é urgente a reforma da Previdência Social. No Brasil, entra governo e
sai governo, as despesas crescem mais do que o incremento anual do PIB.
O citado ministro afirmou que foram obrigados a fazer as
reformas previdenciárias: a Espanha, onde hoje as referidas despesas são hoje
por volta de 22,9% das despesas totais; Portugal, 26,9%; Grécia 28%. A
população idosa em tais países é de cerca de três vezes maior do que a
brasileira. Está estabilizada naqueles países. Aqui, não. O que torna o
problema previdenciário nacional explosivo.
Nesta década, as receitas primárias caíram de 23,7% para
20,8% do PIB, principalmente por causa da recessão, que começou no segundo
trimestre de 2014 e acabou no início deste ano, sem que as receitas primárias
voltassem a crescer. No conjunto é grande a queda da arrecadação. Por isso, o
endividamento público saltou de 51,8% do PIB, em 2010, para 75,7%, em 2017. Não
fosse a queda da SELIC de 14,25% para 8,25%, o percentual seria bem mais
elevado. Tecnicamente, o Brasil está sem capacidade de pagamento, vez que o endividamento
não deveria passar de 60% do PIB. Em termos de saldos, o País não tem condições
de pagar os juros.
Se não aprovar a reforma tributária, o governo federal irá
elevar os tributos, através de medidas provisórias, já referidas desde pelo
menos agosto. Elevar PIS, COFINS, CIDE, tributar títulos financeiros privados,
ise3ntos de impostos e outros mais criativos, como sobre a legalização de jogos,
sobre grandes fortunas, heranças, doações. O arsenal é portentoso.
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