27/10/2017 - TEMER SE SALVA DOANDO R$32 BILHÕES
Um País que está com déficit primário previsto de R$159
bilhões para este ano e para 2018, de valor igual, vai ter incluindo naquele ou
neste R$32 bilhões em doações, para salvar o presidente da República de um
possível afastamento definitivo do governo e, provavelmente, referidos valores
ficarão como restos a pagar, compondo o buraco do próximo ano. O pior disso
tudo é que as forças produtivas deste País recuarão em seus novos projetos,
devido a não concordar com o fisiologismo em tela, comprometendo o desempenho
econômico, já que levará ineficiência ao aparelho produtivo e, provavelmente,
não serão feitas as demais reformas estruturais, que o governo pretende, vez
que obteve 251 votos a favor e irá precisar de 308 votos (três quintos, para
reforma da Previdência). Claro que isso é péssimo. O balcão de negócios montado
no palácio do Planalto envolveu diversas concessões de benefícios, perdão de
dívidas, crédito público beneficiado e outras bondades. O valor em tela é maior
do que a construção da usina de Belo Monte (PA), a terceira maior do mundo,
atrás da usina de Três Gargantas (China) e da de Itaipu (PN). Bem maior do que
o orçamento do Programa Bolsa Família para 2018, de R$26 bilhões. Além das
bondades aos aliados, Temer empenhou R$4,2 bilhões de emendas parlamentares
individuais, que têm execução obrigatória desde 2015. Se liberados, o valor
subiria para R$36,3 bilhões.
Dentro dos R$32 bilhões as verbas que mais destacaram são: proporcionou
60% de redução de multas ambientais, renunciando R$2,7 bilhões. Desistiu de
privatizar o aeroporto de Congonhas, para atender à bancada evangélica do PR, de
cerca de 100 deputados, deixando de arrecadar R$6 bilhões. Para bancada
ruralista de 214 deputados, anistiando um passivo de R$17 bilhões do FUNRURAL.
Sancionou a lei do refinanciamento de dívidas atrasadas (REFIS), renunciando
R$4 bilhões. Temer recuou da liberação de prospecção de minérios na Reserva
Nacional de Cobre, na Amazônia.
Dessa forma, o governo de Temer é o mais impopular da
história do País. Enroladíssimo, em denúncias de corrupção, cujos processos
provavelmente irá responder depois de terminar o governo. Em substituição à
presidente Dilma, ela que trocou os pés pelas mãos, como muito já se disse aqui
e foi afastada por cometer crime de responsabilidade fiscal. Temer impediu a
deterioração do quadro econômico. Porém, pouco fez das reformas estruturantes
que o País precisa. Provavelmente, irá até o fim do mandato, já que, se
renunciasse, assumiria o presidente da Câmara, outro de baixa popularidade e de
que pouco se esperaria.
Em resumo, o Brasil necessita de um grande gestor para
colocá-lo na rota do crescimento econômico sustentável, realizando as reformas
das quais o País precisa. Reduzindo a impunidade, leis severas, acordos de
compliance, reformas micro e macroeconômicas.
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