30/09/2017 -m NOVO PERFIL DO MERCADO DE TRABALHO
O IBGE divulgou ontem que a taxa
de desemprego caiu de 13,3% para 12,6% no trimestre finalizado em agosto, em
relação ao período maio-julho. O País criou 1,374 milhões de vagas nos últimos
três meses. Porém, 13,113 milhões de pessoas ainda estão desempregadas. A maior
parte dessas novas ocupações esta no setor informal da economia. Vale dizer que
são pessoas sem carteira assinada, não tendo os direitos trabalhistas formais.
O novo perfil do mercado de trabalho se observou, pela pesquisa, que de cada 3
empregos criados, 2 foram no mercado da informalidade. Mais de 1,4 milhão de
brasileiros, em um ano ingressaram nesse mercado. Em princípio, parece ser mais
fácil ou até mesmo que fora a alternativa encontrada pelo desempregado, em
tornar-se empreendedor individual. Muitos usando ainda da indenização
trabalhista, uso do FGTS liberado das contas inativas, uso de pequenos
empréstimos que conseguiram. Não e uma situação confortável. No entanto, é o
movimento de luta pelo trabalho de cada dia.
Os segmentos que mais empregaram
no último trimestre foram do comércio, notadamente reparação de veículos
automotores e motocicletas, contingentes de cerca de 17 milhões de ocupações.
Em seguida veio o grupo composto por administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais, contingentes por volta de 15
milhões. O terceiro grupo, o da indústria em geral, empregando em torno de 12
milhões. Os novos empregos surgidos foram para aqueles motoristas informais de
aplicativos, salões de beleza, manicures, vendedores de quentinhas, fazedores
de doce, vendedores pela internet, em geral.
Olhando no retrovisor, a maior
taxa de desemprego registrada foi a do primeiro trimestre deste ano, de 13,7%
da População Economicamente Ativa (PEA). Depois, iniciou-se a trajetória de
queda, por cinco meses seguidos, para os referidos 12,6%. A situação do País
ainda é bastante desconfortável, visto que, a recessão de três anos,
praticamente, ou seja, do segundo trimestre de 2014, até o início do ano
colocou em desemprego cerca de 5 milhões. Para a retomada atual de 1,3 milhão
se tem ainda um déficit muito grande.
Como soe acontecer, a imensa máquina
de estatísticas do IBGE não informa sobre projeções do emprego. Mas, é de
esperar-se que o desemprego continue caindo lentamente, de forma semelhante ao
crescimento econômico.
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