12/10/2017 - REUNIÃO TRIMESTRAL DO FMI




Trimestralmente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publica seu relatório de Panorama Econômico Mundial, que, neste mês, coincide com sua reunião conjunta com o Banco Mundial, devido a ser esta a reunião anual conjunta, que avalia a situação do mundo como um balanço mais geral.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), é bom lembrar, foi criado em 1944, antes do fim da segunda guerra mundial, para regulamentar as relações monetárias internacionais. Aconteceu na cidade de Bretton Woods, nos Estados Unidos (EUA). Obviamente, os EUA ganharam a guerra e tornou sua moeda (o dólar) hegemônica nas relações internacionais. Hoje 80% das transações são feitas com sua moeda. Os EUA são o maior cotista do FMI. Dão as cartas. Segue ao dólar a moeda chamada de euro (da União Europeia), o yen (do Japão), a libra (do Reino Unido), o iuan (da China), dentre outras moedas de menor circulação. Quando um país vai mal, ele recorre ao FMI, que o monitora. Já aconteceu pelo menos três vezes com o Brasil. O FMI é a segunda maior expressão do imperialismo americano. Claro, a primeira é a força das armas mortíferas. No entanto, a mais visível é a força do dinheiro. Quando um país vai mal é por ter elevada inflação, por descontrole monetário; dívida elevada, por falta de pagamento; antagonismos políticos exacerbados, por motivos ideológicos; dentre outros. A sede do FMI é em Washington, D.C., EUA. Lá se fazem as suas reuniões. O interessante é, por convenção, o dirigente máximo do FMI é francês. Atualmente é Christine Lagarde. O CEO do Banco Mundial (BIRD       ), também por praxe, é americano. A propósito, depois da segunda guerra mundial foram criados a ONU, o FMI (antes do final), o BIRD, a Organização Mundial do Comércio (OMC). Ao nível de paz os EUA têm seis frotas de guerra, espalhadas pelo mundo, “armadas até os dentes”.

O FMI melhorou a previsão de alta do PIB brasileiro, em 2017, de 0,3% para 0,7%. Para 2018, estima melhora de 1,3% para 1,5%. Isto se deve à inflação baixa durante mais de um ano. Porém, com respeito à dívida pública somente vê pioras até 2022. Neste ano, o déficit primário é o quarto seguido e crescente. Para este ano está previsto R$159 bilhões. Para o ano que vem, valor igual. O Brasil passa por deterioração de suas contas públicas, já no quarto ano de queda das arrecadações e alta das despesas públicas. O FMI considera isto péssimo. Por isso, se no ano passado a estimativa do FMI era de que o Brasil tinha a 40ª dívida pública do mundo. Do jeito que está indo, em 2022, poderá ser a 12ª do globo.
A solução da equipe de Michel Temer poderá ser dada pela reforma da Previdência. Contudo, terá de ter dois terços do Congresso, coisa que o governo não tem. O FMI sabe disso e coloca o País em situação desabonadora, por incompetência de gestão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ONDAS DE CALOR

LÓGICA DO AGRONEGÓCIO

PREVISÕES SEMANAIS