24/10/2017 - LULA CRITICA POLÍTICA ECONÔMICA DE DILMA
Assunto do momento tem sido a entrevista do ex-presidente
Lula ao jornal espanhol El Mondo, no dia 22, quando ele afirmou que o eleitorado
do PT se sentiu traído com o ajuste fiscal da sucessora, quando em campanha
eleitoral de 2014, prometeu manter os gastos públicos, sabendo que seria
necessário o ajuste fiscal, já que seria reconhecida no final do ano a situação
de déficit primário, depois de 16 anos. Lula não parou por aí. A fraude
eleitoral foi o segundo erro. O primeiro erro foi a política de desoneração às empresas.
Quer dizer, Dilma propiciou largos subsídios a segmentos empresariais
escolhidos, do grande capital, tal como à industria automobilística, além de
aportar mais de R$700 bilhões ao BNDES (Lula omitiu especificar os subsídios),
para financiar empresas “campeãs nacionais”, gigantes corporações, como a JBS e
a Odebrecht, cujos juros dos empréstimos ficaram entre 6% a 7%, quando o
dinheiro captado no mercado variou acima de 10% a 14,25%. O ex-presidente se
referiu ainda sobre o ex-ministro Antônio Palocci, preso a mais de um ano,
pelas investigações da operação Lava Jato, quando este falou que Lula tinha
avalizado um pacto de sangue com a Odebrecht, por supostas propinas aos membros
e ao Partido dos Trabalhadores. Faltou a Lula referir-se ao maior erro, que foi
reduzir a taxa SELIC, de 11,25% para 7,25% anuais, quando a inflação estava em
escala ascendente. A política econômica é de fazer-se o contrário, inclusive, o
que fez Lula nos seus dois mandatos. Isso foi no início, de 2011 para 2012, o
que desorganizou a economia, rompendo com o tripé estabelecido desde 1999,
ressuscitando déficit primário, alta inflação e grande desvalorização cambial.
No dia 23, ontem, Dilma se incorporou à caravana de Lula, em Minas Gerais, que
está visando o País, mostrando que a relação entre eles não está estremecida. Ora
se tratam de criador e criatura, conforme
declarou o deputado do PSB, Beto Albuquerque: “Lula demorou bastante para
reconhecer os erros de Dilma. Quando o criador se volta contra a criatura é
porque traíram juntos”.
A entrevista de Lula se concluiu com o populismo, quando ele
prometeu que, se eleito em 2018, irá reverter o que Temer tem feito na
economia. Vale dizer, reforma trabalhista e reforma de gastos públicos, são as
mais visadas. Na direção do País Temer é muito impopular, fisiológico e
conservador. Porém, está colocando em ordem o confuso legado de Dilma e tirando
o País da recessão. Não é muito. Mas, continua com a roda da economia de Dilma
levaria o País à longa depressão.
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