04/10/2017 - ESTIMATIVAS DE MERCADO




Os economistas trabalham com modelos matemáticos de interpretação e modelos estatísticos de previsão. Os mais reconhecidos economistas geralmente têm boa base de matemática e estatística. O pai da economia, Adam Smith era filósofo, matemático e professor. Ele bem demonstrou como funcionam os mercados. Karl Marx era filósofo e, Delfim Netto, famoso economista, perto de 90 anos, chegou a dizer que conseguia interpretar o livro “O Capital”, de Marx, através de folhas de caderno com matemática. John Maynard Keynes, que escreveu a Teoria Geral, dos Juros, do emprego e da moeda, também é pródigo no uso de matemática. Deixou para a posteridade o seu Modelo de Expectativas Racionais, para fazer previsões. Porém, raciocinava que funcionava para o curto prazo e de que no longo prazo “todos estariam mortos”.

Dessa forma, as previsões são muito mais de curto prazo (quase que só de). No Brasil, o boletim Focus do Banco Central (BC) é um termômetro semanal da economia brasileira, sinalizado pelo mercado financeiro. O horizonte é de ver o comportamento da inflação no ano em curso e no próximo. Da mesma forma para o PIB. A expectativa dos analistas consultadas para a inflação de 2017 recuou de 2,97% para 2,95%, enquanto a previsão da expansão do PIB avançou de 0,68% para 0,70%. Em 2018, segundo o levantamento do BC, a previsão do mercado é de que recue de 4,08% para 4,06%. Trata-se da quinta redução consecutiva da inflação. Já o crescimento da economia brasileira em 2018 teve sua projeção elevada de 2,30% para 2,38%. No caso, esta é a quarta alta do referido índice.

A inflação vem se mantendo abaixo da meta central (4,5%) com o viés de baixa (- 1,5%) em 2017. O indicador, assim, está abaixo do piso de 3%, estipulado pelo Conselho Monetário Nacional, cuja obrigação do BC é de mantê-lo nas suas margens, através do uso da taxa básica de juros, a SELIC. Outrossim, espera-se também que a SELIC feche 2017 em 7% ao ano. No momento, encontra-se em 8,25%. Caso a previsão dos analistas do mercado financeiro se confirme, o patamar de 7% será o menor já registrado. O mesmo 7% é esperado por eles para 2018.

A previsão da taxa cambial se manteve em R$3,16 ao final de 2017. Para 2018, a expectativa é de encerrar em R$3,30. Trata-se, no caso, do câmbio comercial.

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