30/03/2017 - ROMBO PRESUMIDO A SER COBERTO




O orçamento federal aprovado prevê déficit primário de R$139 bilhões. Na época de projeções de receitas e despesas, até agosto de 2016, a União acreditava que o País cresceria 1,6%. Nove meses depois, o governo reconheceu que o País cresceria 0,5%. O descompasso gerou um rombo de R$58,2 bilhões, por frustrações de receitas e aumento de despesas, principalmente de aumentos salariais dos servidores, autorizados por Temer, dizendo que isso estava contratado. Decidiu, então, a União ontem a não criar novos impostos ou altas das alíquotas tributárias, impingindo cortes vigorosos nas despesas públicas de R$42,1 bilhões, distribuídos por ministérios, R$20,1 bilhões, mas na saúde e na educação serão preservadas as aplicações mínimas obrigatórias; por emendas parlamentares, R$10,9 bilhões; em obras do PAC, R$10,5 bilhões. Os R$16,1 bilhões relativos as elevações de Receitas, mediante vendas de 4 usinas devolvidas pela CEMIG, avaliadas em R$10,1 bilhões; retirada de benefícios fiscais para 52 segmentos da indústria, R$4,8 bilhões, estando fora transportes terrestres, comunicações e obras de infraestrutura; retirada de isenção de IOF das cooperativas, R$1,2 bilhão. Embora tenha passados vários dias em que o governo se referiu a ser inevitável a elevação de alíquotas de tributos, que seriam no PIS, no COFINS e na CIDE, ele recuou visto ter-se convencido de que seria prejudicial ao crescimento econômico.

Anunciado o saque de precatórios com mais de dois anos depositados, no valor de R$8,6 bilhões, valores com condenação definitiva, mas não sacados pelos beneficiários, a prudência determinou maior embasamento jurídico para saque. Outrossim, a repatriação de ativos deste ano ainda não foi aprovada pelo Congresso. São duas outras fontes que, poderão ser usadas.

Na análise da equipe econômica, o PIB deverá crescer 2,7% no último trimestre. Em 2018, estima PIB subindo 3%. Ademais, ela pretende reduzir a meta de inflação de 2018, para 4,25% e para 4% em 2019. O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, anunciou ser 3% seu objetivo de fixar a nova meta inflacionária.

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