13/03/2017 - DESONERAÇÃO GRANDE ERRO
A ex-presidente Dilma assumiu ontem, em entrevista ao jornal
Le Temps, da Suíça, que cometeu “grande erro”, ao promover ampla desoneração
fiscal no Brasil. Aconteceu em Genebra, sede de muitos encontros pela paz
mundial. Questionada se fez vários erros como presidente, um reconheceu. A
brasileira declarou “Eu acreditava que, se diminuísse impostos, teria um
aumento de investimentos. Eu diminui. Eu me arrependo disso. No lugar de
investir, eles (os empresários) aumentaram a margem de lucro”. Apesar de
reconhecer o erro, Dilma afirmou que as razões da crise econômica foram “subestimadas”.
Referiu-se ainda que “Todos sabem que, na metade de 2014, houve queda
significativa dos preços das commodities. Isso afetou a arrecadação do Brasil e
nossa balança comercial”. Outro equívoco de colocar a culpa na “crise” mundial.
O problema aconteceu na economia doméstica. Ademais, negou que a sua gestão tenha
promovido uma “gastança”. A presidente cassada afirma que o Brasil vive uma era medieval nos processos legais
de combate à corrupção e faz críticas a vazamentos seletivos.
Até hoje não se sabe bem porque Dilma reduziu o IPI para a
indústria automobilística e fabricantes de eletrodomésticos. Na verdade, desonerou
os grandes capitalistas. A perda de receitas culminou com déficit primário em
2014, que permanece até este e próximo ano. Referido déficit foi procurado
resolver de uma só vez, em 2015, como ajuste fiscal. Errou de novo. A inflação
disparou para dois dígitos. Os consumidores recuaram e os investidores sentiram
com a falta de confiança. O País ingressou na pior recessão da história
nacional. Na economia não se pode tomar ações contraditórias e deixar perder a
confiança. Além disso, meteu-se em problemas políticos e perdeu a base no
Congresso. Terminou sendo afastada definitivamente.
Em suma, os fundamentos da economia instaurados por FHC,
reforçados por Lula, foram destruídos por ela.
Comentários
Postar um comentário