03/03/2017 - ESTIMATIVA DA INFLAÇÃO ABAIXO DO CENTRO DA META




O boletim Focus desta semana mostra que a mediana para o indicador oficial da inflação, o IPCA, estimado para 2017, reduziu-se de 4,43% para 4,36%. Há um mês estava em 4,70%, acima do centro da meta de 4,50%. Já a projeção do IPCA para 2018 permaneceu no centro da meta de 4,50%, mesmo número de quatro semanas atrás. Os números estão bem próximos, fazendo os economistas consultados pelo citado boletim confirmarem que a inflação converge para o centro da meta no biênio 2017-2018. A margem de tolerância é de 1,5% para mais ou para menos. Ou seja, inflação entre 3% e 6%. Quanto menor inflação, maior o crescimento do PIB. Quanto a este, o mercado financeiro manteve a perspectiva de 0,48% de incremento. No projeto do orçamento de agosto de 2016, o Ministério da Fazenda estimava um PIB subindo em 1%. Provavelmente, deverá revisar tal número para um pouco mais abaixo. Para 2018, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) informaram esperar a expansão do PIB de 2,30%, da semana passada, para 2,37%. Por seu turno, o mercado financeiro baixou sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a SELIC, de 9,50% para 9,25% anuais, no final de 2017. Vale dizer que sinaliza para maior corte da taxa de juros pelo BC. Atualmente a SELIC se encontra em 12,25% ao ano. Para 2018, a previsão é de uma SELIC em 9% anuais. Adianta-se assim que o corte da SELIC se daria também em 2018. Por seu turno, no dia 22-02-2017, o BC reduziu a taxa SELIC em 0,75%, por unanimidade. Ontem, divulgou seu relatório, no qual adianta que poderá intensificar o ritmo de corte da taxa básica de juros.

No relatório referido, vê-se que “com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, o cenário básico do COPOM prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária (redução da SELIC)”. Dessa forma, o BC prevê para este ano inflação de 4,2%, menor do que a de mercado que é de 4,36%. Assim, a redução da taxa SELIC estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica.

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