18/03/2017 - ERROS DO SETOR ELÉTRICO
Considerando ser um setor de elevada dose de capital, em
áreas estratégicas, o Estado sempre esteve muito presente, mediante usinas próprias
ou usinas concessionárias. Porém, as distribuidoras foram privatizadas. Os
erros na área decorrem de questões ambientais, financeiras e de interferência com
modelos políticos. Tais modelos envolveram empreiteiras, bancos oficiais,
fundos de pensão e concessionárias. Não bastassem a corrupção entre as
empreiteiras e os políticos ligados ao Ministério das Minas e Energia, para
construção de usinas hidrelétricas, de vez em quando surge um erro a ser pago
pelo contribuinte. O pior exemplo vem da ex-presidente Dilma, quando em 2013,
reduziu em 20% a conta de energia elétrica, por seu ato deliberado, tendo
depois que reajustar, em 2015, as contas em cerca de 50%.
O erro de 2016, descobertos pelos consumidores de energia
elétrica de que a conta vinha cobrando o pagamento da Usina Nuclear de Angra 3,
a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou que os valores vão ser
devolvidos imediatamente, já que se pagou pelo o que não se usou. São absurdos
assim que ficam ocultos, como ainda será feito com outro no mesmo segmento
adiante. O diretor geral da ANEEL, Romeu Rufino, afirmou que “foi um equívoco”.
Alguns diretores da Agência queriam devolver na data do reajuste tarifário. Porém,
antipática atitude não acontecerá. Rufino disse que “é um processo muito
trabalhoso, mas, excepcionalmente, vamos instruir o processo para retificar a
tarifa de todas as concessionárias e orientar a pronta devolução daquilo que
foi arrecadado errado”. A previsão é de que o valor seja devolvido em abril e
maio, já com a correção da SELIC. Um total de R$1,8 bilhão foi cobrado a mais
nas contas de luz de 2016, refrentes ao custo da energia proveniente da
termelétrica de Angra 3, mas a energia não chegou a ser usada porque a usina
não entrou em operação.
Advogados de Minas Gerais têm ganho questões contra a CEMIG,
a distribuidora da sua região, alegando que o ICMS é cobrado, nas
distribuidoras em geral, sobre itens não somente sobre o fornecimento de energia.
Na Bahia, o ICMS cobrado é de 27%; o COFINS, 4,85%; e, o PIS, 1,05%. Essa
questão da inclusão das tarifas e cobrado o ICMS “em cima”, ainda deverá ser
muito discutida até ter uma definição.
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