10/03/2017 - REFORMAS NO CONGRESSO
As reformas estruturais são essenciais para a economia
brasileira retomar o crescimento. O presidente Michel Temer tem maioria no
Congresso. Mas, em 10 meses só conseguiu aprovar a PEC que fixa um teto dos
gastos. A segunda reforma é a da previdência. Conforme o Ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, os gastos previdenciários em percentual do PIB é um dos
maiores do mundo. Em 1991 era 3,3%. Hoje são 8,1% e, em 2060, se nada for
feito, chegará a 17% do PIB. Disse ele: “Se nada for feito, a previdência vai
ocupar cada vez mais os gastos públicos, considerando que agora temos o teto
dos gastos”. Excluindo a previdência, as outras despesas representam 45% da
arrecadação. Considerando que os encargos da dívida chegam a 50% das receitas.
Mesmo hoje está difícil acomodar os 8,1%. Tecnicamente, em palestra ontem no
jornal Estadão, de São Paulo, destacou que a taxa de reposição no Brasil,
definido como o valor médio entre a aposentadoria e o salário antes de
aposentar, é de 76%, enquanto na Europa a média é de 50%. Ou seja, a implicação
maior é que a idade média dos aposentados no País é de 59,4 anos, enquanto no
México é de 72 anos. Por seu turno, a expectativa de vida do brasileiro é de
mais de 75 anos. É bem verdade que nas regiões Norte/Nordeste ela é de 71 anos.
Dessa forma, é possível aprovar 65 anos a idade mínima de aposentadoria. O
relator da reforma da previdência, Arthur Maia informou que já se sabe que a
proposta não será aprovada na forma que está e que as regras de transição serão
alteradas. Por exemplo, os aposentados não poderão continuar no emprego nas estatais.
O Ministro Meirelles disse que a reforma da previdência só funcionará se for
incluída a previdência rural. Defende que o projeto seja aprovado como está.
Portanto, ainda será muito debatido o referido projeto de lei. Dificilmente, um
projeto passa integral no Congresso, daí a grande demora nos seus trâmites.
A reforma trabalhista também está gerando várias discussões e
poderá ser alterada. A reforma tributária será fatiada, da que virá global. A
reforma política está desde 2013 sem andar na Câmara. É muito difícil chegar a
um consenso no Congresso, onde existem 513 deputados federais e 81 senadores.
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