06/03/2017 - EXPORTAÇÕES EM ALTA NÃO PUXAM CRESCIMENTO




O melhor cenário dos últimos três anos do Brasil tem a ver com o comércio internacional. As vendas externas foram puxadas, principalmente, pelo aumento dos preços do minério de ferro, cuja cotação mais do que dobrou no período de um ano. Os termos de troca brasileiros, que é a relação dos preços das exportações em relação às importações, tiveram melhor nível desde 2014. Cerca de 60% das exportações brasileiras são de commodities, tais como soja, minério de ferro. A Associação Brasileira de Comércio Exterior projeta exportações de US$197 bilhões. Número inferior ao de 2014, que fora de US$225 bilhões, crescimento de 15,8%, em relação a 2016, depois de uma queda de 9,2%, em relação a 2015. Considerando US$197 bilhões a R$3,10, dólar comercial de hoje, correspondem a R$611 bilhões. O PIB brasileiro está em torno de R$4 trilhões. As exportações correspondem a 15% do PIB. Tal percentual mostra o quanto é fraco o comércio exterior. As importações projetadas estão em 13%. Dessa forma, o Brasil é uma economia muito fechada. O comércio exterior brasileiro corresponde a 1% das transações internacionais. Portanto, o modelo brasileiro é predominante de uma economia doméstica. Somente impulsionando a demanda efetiva local poderá retornar o crescimento.

Na China, o comércio internacional corresponde a mais de 30% do PIB. A dos Estados Unidos também. Por isso eles são a primeira (EUA) e segunda economias do mundo (China). Mas, como o Brasil dobrar sua participação? Vontade não basta. As exportações brasileiras tem que ser mais competitivas. Por outro lado, exportar mais também leva a importar mais. Logo, aí está a dinâmica. Porém, serem competitivas as exportações elas teriam de ter maior produtividade. Como elevar a produtividade se o nível educacional da mão der obra é baixo e são baixas as inovações, pesquisas e desenvolvimento de tecnologias?

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