15/03/2017 - MANIFESTAÇÕES DE RUAS COM FOCO PRINCIPAL NA PREVIDÊNCIA




Previstas para hoje manifestações de rua, convocadas pelas chamadas frentes de esquerda, Brasil Popular, que reúne 63 entidades, além do Povo sem Medo, contando com menor número de atuantes, contra o governo de o presidente Temer, a reforma trabalhista e a reforma da Previdência. O ato está previsto para várias cidades do País. Na cidade de São Paulo ficará na Avenida Paulista, às 16 horas, onde pretendem reunir 100 mil pessoas. No Rio, também às 16 h. Em Brasília 8 h. Mais não foi adiantado na imprensa. Contudo, o principal foco é a reforma da Previdência, que poderá ser votada na semana vindoura (22). Os manifestantes protestam contra possível perda de direitos. Na visão do governo o modelo atual incentiva aposentadorias precoces, aposentadorias especiais, aposentadorias por tempo de contribuição, levando a que a idade média de aposentadoria no Brasil esteja entre as mais baixas do mundo. Ademais, o atual sistema, segundo o governo, incentiva os trabalhadores a saírem do mercado de trabalho, no ápice da sua capacidade produtiva; de que na seguridade houve uma galopante colocação de aposentados federais e as crescentes renúncias de receitas da União. Ontem, o Ministério do Planejamento trouxe a luz números impressionantes. Segundo ele, em 2011, o déficit da Previdência era de R$7,6 bilhões. Em 2016, superou R$166,9 bilhões. Em 2016, segundo ainda ele, o governo pagou R$600 bilhões de seguridade social, correspondendo a 9,5% do PIB, sendo 8,1% de benefícios do INSS; 1,4% de previdência dos servidores; 0,9% de amparo ao trabalhador; 0,8% para idosos e deficientes; 0,4% para o programa bolsa família; 2,2% para salários, custeio e outros. Argumenta ainda que o INSS, nas duas últimas décadas passou de 4,9% para 8,1% do PIB. Não se contestarão os números referidos porque não se teve acesso aos dados primários. Em principio, parecem exagerados.

Se por um lado é verdade que diferentes governos incharam muito a Previdência Social, sendo necessária a reforma, a qual já recebeu propostas de mais de 147 emendas, inclusive da base aliada. Por outro lado, não haverá como “fazer um omelete sem quebrar os ovos”. Os contribuintes que pagarão pelas mudanças, alongando prazo de aposentadorias. Há também aqueles aposentados que ainda contribuem para a Previdência. Há ainda direitos que deverão ser revistos. A conta terá que ser paga, senão o orçamento público continuará sendo deficitário.
Amanhã se terá um rápido balanço do que haverá hoje.

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