28/01/2017 PREVIDÊNCIA PRIVADA ARROMBADA




Em 28-01-2007, continuava o debate sobre a novidade da época, o PAC, cujo título do artigo era “Declaração de intenções”, debate feito pela Folha com seis articulistas. Paulo Skaf, ‘eterno’ presidente da FIESP, dizia que o PAC era o “novo nome da esperança”. Enfim, muitos duvidavam de que o governo teria dinheiro parta fazê-lo, mas haviam aqueles que lhe davam crédito de confiança.
O assunto de hoje é a previdência privada. A matemática econômica mostra que o cidadão guarda um pouco do que ganha, em aplicação financeira, que rende juros, constituindo-se em um fundo que irá servir ao aposentado. O que aconteceu no Brasil? Uma série de casuísmos na previdência. Em princípio, homens se aposentam com 35 anos de contribuição; as mulheres e professores com 30 anos. Depois, vieram os trabalhadores do setor rural que se aposentavam com menos. Depois, os casos especiais, de aposentadoria por invalidez, por doenças, por um sem número de causas. Enquanto isso, a expectativa de vida do brasileiro veio crescendo, sendo superior hoje a 75 anos. Ora, por exemplo, existem milhões de aposentados que se aposentaram com idade entre 48 anos a 65 anos, dentre outros motivos. Como resultado, há muitos anos a previdência social é deficitária.  Nesta década, a desaceleração da economia e o encolhimento do mercado de trabalho contribuíram muito para os déficits, desde a recessão que se iniciou em 2014. O quadro é bem pior para a previdência do setor público, que não será objeto de exame aqui.
Dessa forma, a previdência privada atingiu um rombo recorde em 2016, no valor de R$149,7 bilhões. Praticamente, quase todo o déficit primário do ano passado. O assombro é de um déficit de 74,5% maior do que em 2015. Como o emprego ainda não deve reagir em 2017, especialistas avaliam que o resultado negativo previdenciário será de R$181,2 bilhões. Tamanho rombo deverá ser reavaliado, no caso da economia voltar a crescer ainda neste exercício. A previdência urbana foi a que mais refletiu a desaceleração da economia. Superavitário entre 2009 a 2015, o segmento obteve resultado negativo de R$46,3 bilhões em 2016. A previdência rural registrou rombo de R$103,4 bilhões e o segmento sempre foi deficitária.

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