07/01/2017 - DÍVIDA E PREVIDÊNCIA MAIORES RUBRICAS
No dia 07-01-2007, em razão do orçamento federal aprovado, a
previsão era de que os maiores gastos eram com a dívida pública e com
benefícios previdenciários, seguiam-lhes saúde, educação e investimentos em
infraestrutura. Na época, o tripé era cumprido, tendo o superávit primário de
4,4%, inflação dentro do centro da meta e câmbio valorizado. Quer dizer,
geração de caixa bastante para pagar os juros da dívida pública, inflação que
permitia o PIB crescer acima de 4%, um respeitável crescimento, além de moeda
nacional valorizada, forte e respeitada. Na época, a condução da economia era
muito elogiada, tanto interna como externamente. Não sem motivo, Lula foi reeleito,
mesmo depois dos escândalos do “mensalão”. Acreditava-se que o Brasil
finalmente ingressava no ansiado crescimento sustentável. Em menos de dois anos
o Brasil iria ingressar em recessão.
Atualmente, depois de passar por rápida recessão, em 2009, de
- 0,1% do PIB, em 2010, o País cresceu 7,5%, em 2010, insistindo no modelo
baseado no consumo e no crédito, que estava ingressando na faixa de
esgotamento. A ex-presidente Dilma não só insistiu no modelo, elevando mais
ainda os gastos públicos, muito acima das receitas de tributos, escondendo o
déficit público na conta “restos a pagar”, além de transferir R$500 bilhões de
dinheiro arrecadado da dívida pública ao BNDES, para emprestar a grandes
empresas escolhidas, que receberam créditos subsidiados. Por seu turno, as
grandes empreiteiras agigantaram seus cartéis, provocando, quatro anos depois
os escândalos de corrupção, a maioria identificada pela operação Lava Jato,
ainda em curso. O quadro econômico nacional foi se deteriorando de 2011 a 2014,
quando o tripé, estabelecido desde 1999, desmoronou com expressivo déficit
público, em 2014, estimado em quatro anos seguidos, conforme se vê atualmente.
Em seguida, a inflação estourou a casa de dois dígitos em 2015, para 10,7%. O
câmbio desvalorizou naquele ano em cerca de 50%. Logo, “a casa caiu”. O esforço
atual é de buscar a retomada do crescimento, que está sendo feito com grandes
dificuldades.
Quanto aos itens de pressão dos gastos do orçamento continuam
sendo os mesmos, na ordem de custos da dívida pública, previdência social,
saúde e educação. Somente os investimentos em infraestrutura foram parcialmente
desativados. O Brasil está há mais de dois anos em recessão, fato inédito nas
estatísticas oficiais, cujos registros datam de 1901.
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