23/01/2017 - RECUO DA INDÚSTRIA DE AÇO
A gravidade da recessão levou a indústria brasileira de aço a
adiar investimentos de US$3,2 bilhões. O período em referência foi de janeiro
de 2014 a junho de 2016. Foram desativadas 83 unidades produtivas e foram
demitidos 40 mil trabalhadores. O Instituto Aço Brasil informou que se trata da
maior crise da sua história. Só em 2016, a produção de aço caiu 9,2% e de 7,7%
na de laminados. No ano passado, a produção de aço foi de 30,2 milhões de toneladas
e de 20,9 milhões de toneladas de laminados.
A produção mundial de aço totalizou, em 2016, 780 milhões de
toneladas, da qual mais de 400 milhões para a China. Os segmentos demandadores de
80% da matéria prima são os automóveis, máquinas, equipamentos e construção
civil. Juntos, eles recuaram 11,8%, em onze meses de 2016. Em relação a 2013, a
queda é de 32%.
As perspectivas não são boas, em curto prazo, haja vista que
os juros ainda estão bastante elevados. Se a SELIC continuar caindo, entre
0,75% ou 0,50%, haverá pelo menos um semestre para a economia recuperar-se. Por
seu turno, já há oito meses no governo, Michel Temer, está demorando muito para
fazer os leilões das concessões da infraestrutura. O PAC 3, previsto para 2015-2018,
não foi executado e o governo se referiu a fazer nele uma revisão para
ativá-lo.
Estudo da SERASA Experian mostrou que 1.863 empresas pediram
recuperação judicial em 2016. Houve alta de 44,8%, em relação a 2015. O Setor
de serviços liderou com 713 pedidos. Depois veio o comércio com 611 e indústria
com 446. Outros segmentos, 93.
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