05/01/2017 - BOLSA DE VALORES EM 10 ANOS
No dia 05-01-2007, registrou-se aqui que a bolsa de valores
estava em rápida ascensão, devido aos resultados positivos do primeiro mandato
do ex-presidente Lula (2003-2006), saindo de 11 mil pontos para 44.473 pontos,
numa valorização maior do que 300%. Fechou 2006 com alta de 33%. As
expectativas continuavam em forte ascensão e o seu mais alto pico se deu em
maio de 2008, aos 73 mil pontos. Em seis anos da era Lula tinha subido quase
600%, quando o Brasil completou as três notas de grau de investimento das
agências internacionais de risco, Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s. Em
setembro, o sinal de confirmação da recessão mundial, com a quebra do
centenário banco Lehmans Brothers nos Estados Unidos, a segunda maior da
história do capitalismo, a bolsa foi ladeira abaixo, chegando ao seu menor
número aos próximos de 37 mil pontos. Quer dizer, desabou, de 600% para próximos
de 230%. Nunca mais chegou à barreira
dos 70 mil. Chegaram pertos dos 40 mil aos 50 mil pontos, entre altas e baixas,
de 2009 a 2015. Cerca de oito anos se passaram. Em 2016, subiu 39%, atingindo os
60 mil pontos, batendo todas as aplicações do ano passado.
Em 2009, ano de pequena recessão (- 0,1%), registrou grande
recuperação da bolsa brasileira, próxima de 80%, visto que o País foi o último
a entrar em recessão (no final de 2008) e o primeiro a sair (no final de 2009).
Em 2010, o PIB se elevou em 7,5%.
Em 2016, o IBOVESPA ao valorizar-se quase 40%, próximos dos
60 mil pontos, chegou em metade da valorização de 2009. O raciocínio lógico é de
que o crescimento retonará, em 2017, visto que a bolsa de valores geralmente se
antecipa aos fatos. Porém, não será nada espetaculoso como fora em 2010. Pelo
contrário, em 2016, teve-se o terceiro ano de desarranjo das contas públicas,
de déficits primários cavalares, cujas projeções vão até 2018 (cinco anos),
além do enorme crescimento da dívida pública sobre o PIB, que saiu do patamar
de 50% para o patamar acima de 70%, não permitindo a racionalidade de projetar
mais de 1%, em 2017. Na contramão de frear a retomada da economia estão
apurações da corrupção da operação Lava Jato, com denúncias de cerca de 200
políticos, delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, os quais gerarão mais
acordos de leniência do que até agora, para retornar os investimentos das
grandes obras, além da expectativa das medidas anunciadas de Donald Trump, de
atribuir restrições ao comércio internacional e retaliações prometidas.
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