20/01/2017 - DESEMPENHO ESTAGNADO NO ENEM




Desde o início do mês, revisita-se o mesmo dia sobre o escrito há 10 anos, o título da coluna era Dois Brasis, reportando-se à desmistificação de tese dos anos de 1960, de vez em quando ressuscitada, cada vez menos. Por isso, mudando para novo assunto.
O Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) teve a inscrição de 8,6 milhões, por volta de 4% dos brasileiros, mas 1,2 milhão queriam somente a certificação do ensino médio. Aproximados 14% deles. Isso não será mais possível, no próximo ano, declarou Mendonça Filho, Ministro da Educação. O ENEM será exclusivo para acesso às universidades. Por seu turno, pouco mais de 7,7% (814 mil) dos examinados conseguiram a nota mínima de 500 pontos. Há 238 mil vagas em 131 instituições de ensino estaduais e federais ofertadas em 2016. A relação é de 3,42 por vaga. Em tese, 576 mil procurarão vagas no ensino pago. Para participar da seleção, o aluno, além de não ter zerado a redação (291.806 provas foram anuladas; 77 participantes tiraram nota máxima), teria de ter a média de 450 pontos. Há ainda o Programa Universidade para Todos (PROUNI) de bolsas integrais ou parciais, além do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), de apoio público ao ensino superior privado. Por esse conjunto de retratos, tem-se como são fracos o nível de conhecimento e o oportunismo de queimar etapas de muitos. É a confirmação da pior nota média do IDEB, estagnada em 3,7, na escala de zero a dez, para o ensino médio, imprensado entre o ensino básico e o ensino superior. De cara, é preciso a reforma dele. Sem dúvida, a educação integral é a saída mais rápida, conforme projeto já aprovado.
A presidente do INEP, órgão responsável pelo exame anual, Maria Inês Fini, declarou que: “O desempenho em todas as áreas está absolutamente estagnado. Os números se mantêm equivalentes desde o ano de 2008 até 2016”. Ora, o País precisa de sua evolução, para que cresça a produtividade brasileira.
As maiores médias obtidas pelos candidatos nesta edição foram para a área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, com 533,5 pontos. A segunda foi para a área de Linguagens e Códigos, de 520,5. A terceira foi para a área reprovada de Matemática, de 489,5. Em quarto e último, para a área de Ciências da Natureza, cuja média nacional ficou em 477,1. A maior nota do ENEM ocorreu em matemática, de 991,5 pontos. A mais baixa em Linguagem, de 287,5 pontos.

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