17/01/2017 - VOZES DO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL




Continuando ao rápido interesse do tema de dez anos atrás, no dia 17-01-2007, o artigo se intitulava Índice de Liberdade Econômica no Mundo, elaborado pela Heritage Foundation e o The Wall Street Journal. Entre 157 países pesquisados, o Brasil estava em 70º lugar. A última pesquisa, divulgada em 2016, avaliou 178 países, em dez categorias de liberdade de negócios. O Brasil só tem piorado. Em 2013, estava em 100º. Em 2014, 114º. Em 2015, em 118º. O Brasil é um dos países mais fechados do mundo e, também por isso, cresce pouco e está perdendo o seu bônus demográfico. Por muitas décadas comparece com 1% do comércio mundial. A situação dos pesquisados pode ser visualizada na Wikipédia. O interesse dos pesquisadores acima é justamente de fazer maior penetração capitalista nos países do globo.

Participando do Fórum Econômico Mundial, em Davos, “onde só tem fera”, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que o País se recupera no primeiro semestre, mediante sinais já esboçados, voltando a crescer no segundo semestre. A projeção do departamento econômico do seu banco é de que de julho de 2017 a junho de 2018, a economia crescerá 2,3% e não será um voo de galinha. Ou seja, ele induz a pensar que se terá um novo ciclo de alta. Disse que este ano valerá por dois. De onde ele retirou isso?  Pela sua percepção de que é grande a capacidade ociosa na economia, de que tem sido reduzido o endividamento das empresas e das famílias, além de que há indicações de que capitais externos abundantes gostariam de vir para o País, principalmente para os leilões das concessões público-privadas, que, para ele, deveriam ser mais rápidas, já que o problema de impasse era no modelo de fixação da taxa interna de retorno (TIR) dos projetos e com crédito do BNDES, subsidiado, que será substituído pelo da TIR livre e dinheiro privado externo para investimentos. Cita o fato de que, mesmo em recessão, ingressaram em 2016, US$60 bilhões de investimento estrangeiro direto.

Em Davos, a divulgação da 20ª pesquisa da PriceWaterhouseCoopers (PwC), com 1.379 presidentes, de 79 países, mostrou que, em 2011, os países mais atrativos para negócios eram, do primeiro ao décimo: China, EUA, Brasil, Índia, Alemanha, Rússia, Reino Unido, México, França, Argentina. A pesquisa em 2016, na mesma ordem: EUA, China, Alemanha, Reino Unido, Japão, Índia, Brasil, México, França, Austrália. Em 2011, o Brasil estava em terceiro, depois da espetacular taxa de incremento de 7,5% no PIB. Em 2016, caiu para sétimo, devido há dois anos consecutivos de recessão.

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